A COPA É NOSSA!



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                                         Foto:Reprodução


 
Futebol não é meu esporte favorito. Tampouco acompanhar questões que se referem... é impossível, no entanto, permanecer alheia às questões de ordem social e cultural do meu país. Não chego a nenhum ato especial, isto é para a Presidenta Dilma que pode inaugurar vários estádios. Também não sou Ziraldo, que pode retratar o Mané Garrincha ao ilustrar a cartilha turística de  Brasília... mas, a seu exemplo, também posso expressar meu pensamento otimista e totalmente favorável à realização da Copa do Mundo no Brasil. E Ziraldo diz:

"
Sempre fui a favor da Copa, dos estádios, de trazer tudo isso para o Brasil. Nunca caí nesse discurso dos políticos e jogadores que fazem oposição ao evento. Esse papo de que "investimos em Copa e não em educação" é coisa de quem não tem a menor consciência política. Os estádios têm uma importância imaterial, pelo que eles significam para o país inteiro. Eles mostram que estamos em um país sério, que construiu 12 estádios como esse. Arenas que vão durar por muito tempo, como as arenas romanas que vemos até hoje. A vivacidade do Mané Garrincha é prova disso. Esse estádio jamais será um elefante branco. Acabei de saber que quase 700 mil pessoas já estiveram aqui em 10 meses, não é? Isso vai acontecer em Manaus, em Salvador, em todo o país. O Brasil é um país jovem, todo mundo ainda está inventando. Há muito por fazer no país. Os brasileiros estão em busca de ganhar dinheiro, de trabalhar. Nosso povo é criativo e jovem, e agora, temos espaço para “inventar moda”.

'Maria-vai-com-as-outras' não é minha prática. Penso que é importante antes de publicizarmos uma opinião, buscar informações a respeito, para fazê-lo com responsabilidade e compromisso ético. Reproduzir o senso comum ou fortalecer informações tendenciosas que a mídia impõem à maioria dos brasileiros, com nítidos objetivos de ataque ao governo, é banalizar o real objetivo da comunicação e, no mínimo aliar-se à elite dominante do país.

Nessa busca, constatei que ai
nda em janeiro, o Ministério da

Educação (MEC),
 divulgou que somente em 2013, conforme

quadro demonstrativo no alto da página, 
foram transferidos R$

49,4 bilhões para as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo.

E, os recursos federais investidos em educação não param

por aí. Atuando na área da educação pública, sou testemunha

ocular de que 'nunca na história deste país' se investiu tanto

em educação. As escolas de educação básica, além

da modernização tecnológica, com as mais diferentes TICs

(tecnologias de informação e comunicação) e formação

pedagógica para educadores/as,  recebem recursos

financeiros para desenvolver programas que visam a

implantação do ensino integral, como: MAIS EDUCAÇÃO,

MAIS CULTURA, ENSINO MÉDIO INOVADOR, ATLETA NA

ESCOLA, entre outros. Sem maior aprofundamento, no que se

refere à Educação Profissional, apenas como exemplo, cita-se o

PRONATEC, que oferta 240 mil vagas para trabalhadores na

área de turismo até a Copa. São cursos para agentes de

viagem, camareira, garçom, recepcionista de eventos, além de

outras 32 mil vagas em cursos de línguas estrangeiras, para

qualificar o atendimento aos turistas.
No ensino superior:ENEM,

PROUNI, SISU, FIES, CIÊNCIAS SEM FRONTEIRAS...

Existem limites? Com certeza, afinal, a dívida com o povo

brasileiro é secular... porém, não há como negar

avanços jamais vistos na história da educação pública. 



Só não vê quem não quer... Fale, mas fale a verdade!  

Ademais, independente do resultado que a seleção brasileira obtiver em campo, a sociedade brasileira jamais será a mesma. Ainda que as manifestações juvenis tenham tido influência de partidos políticos ou tenham usado a Copa como escudo, foram importantíssimas. Pressionaram, levaram o governo a tomar medidas incisivas e urgentes, mas especialmente, serviram para a retomada da participação juvenil e o despertar de sua consciência política, comprovando que aquela máxima 'panes et circense' não serve mais...

Assim, creio, já somos vitoriosos!
Passará a Copa, passarão os favoráveis, os contrários passarão mas, além das obras, as mudanças que tais movimentos oportunizarem, permanecerão.

 

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 25/04/2014
Reeditado em 27/04/2014
Código do texto: T4783104
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