Esse Menino Chamado Tempo
 
Às vezes paro e penso no tempo, fico imaginando como perdemos tempo com coisas que deveriam ser ignoradas pelo nosso tempo pessoal, que é tão curto e delicado.
 
Penso no poder do amor e da verdade, que são derrotados constantemente pela hipocrisia que as emissoras de tv despejam pelas telas dos televisores do nosso Brasil, só para vender notícia, não importa qual seja, se é honesta ou forjada, o que vale é o sucesso, seja a qual custo for!
 
Penso em como somos tão falsos uns com os outros, que a mentira chega a ser um hobby. O que era degradante, hediondo e fútil de outros tempos, é o nosso tom de atualidade, que os pensadores que fizeram época, tem que se conformar com as aberrações que são apontadas e cultuadas pela mídia atual como pensadores modernos.
 
Não sei o que o tempo pensa de nós, mas o que eu penso a respeito do tempo?
 
Bem, creio que a cada dia que se passa, ele deseja que a safra de humanos possa um dia acordar desse pesadelo em que vivemos, pesadelo de filosofias e ideologias, que na realidade de nada tem de filosófico e ideológico, e dessas modinhas criadas pelos meios de comunicação, que fisgam os fracos de espírito para fazê-los de soldados retransmissores desses abortos que são colocados via rádio, televisão e internet, para os nossos familiares amigos e filhos.
 
Não sei se o tempo tem idade, mas pelo menos tenho esperança de que ele tenha paciência para esperar por dias melhores da nossa humanidade, se é que, no que vejo hoje em dia no meu Brasil, possa ser chamado de humanidade.
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 27/04/2014
Reeditado em 15/03/2018
Código do texto: T4785346
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