Professor coleciona álbum da Copa só confiscando figurinhas de alunos

Como se não bastassem celulares e outros equipamentos eletrônicos para atrapalhar a aula de qualquer professor, quando a Copa do Mundo se aproxima, mais um inimigo invade as salas de aula: o álbum da Copa. Com ele, centenas de figurinhas.

Porém, como colecionar os cromos do torneio não é exclusividade de crianças e adolescentes, alguns professores estão se aproveitando da situação. O que era algo negativo, visto que as aulas não mais fluíam bem com as incansáveis trocas entre os alunos, passou a ser uma oportunidade. Muitos professores estão confiscando figurinhas de seus discípulos para colar em seus próprios álbuns ou nos dos seus filhos.

Diogo, professor de língua Portuguesa, é adepto da prática. Ele costuma pegar as figurinhas dos alunos, colocar no bolso e não devolver. Às vezes, até devolve, mas faltando algumas. Tipo umas dez. Ou vinte. Ou trinta. Ou cinquenta.

- Acho que dá para fazer até uma questão de matemática. Quantas figurinhas consegui e quanto deixei de gastar com essa apropriação. Viu, olha o caráter didático da coisa, acabei de proferir um eufemismo. Diverte-se Diogo, piadista nato.

Diogo argumenta que tentava comprar as figurinhas repetidas de seus alunos, mas reclama que eles não aceitavam vender abaixo do preço oficial, isto é, vinte centavos por figurinha.

- Nem adiantava eu dizer que estavam usadas. Assim, às vezes, pagava o preço de vinte figurinhas e tirava umas... cem. Distração minha. Afinal, sou de humanas, números não são o meu forte.

Vudu?

Além de colar as figurinhas no álbum e disputar animadas partidas de bafo, Diogo expõe mais uma utilidade dos cromos:

- Podemos pegar as figurinhas de adversários como Messi e Cristiano Ronaldo e colar na boca do sapo. Quem sabe assim damos azar para eles na Copa.