DILMA E A RAINHA DE SABÁ

A Rainha de Sabá

Em tempo de Antanho existiu uma rainha muito negra e muito bela, soberana do antigo reino de Sabá, “o mais poderoso da Arábia Feliz”, que incluía a Etiópia, o Egito e a Arábia.

Era conhecida pelos etíopes pelo nome de Makeda; já os árabes de Balkis ou Bilkis.

Viveu no século X antes de Cristo. Segundo o Velho Testamento ela teria ouvido falar na grande sabedoria do rei Salomão, assim juntou quatro toneladas e meia de ouro, cruzou os desertos da Arábia, através da Etiópia e do Egito, pela costa do mar Vermelho, até chegar a Jerusalém, onde se encontrou com ele.

O rei Salomão também já tinha ouvido falar em um reino governado por uma rainha negra, muito bela e muito rica, cujo povo venerava o sol.

A atração entre eles foi imediata. Salomão seduziu e engravidou sua convidada a rainha de Sabá, e teve com ela o filho Menelik I, primeiro imperador da Etiópia.

Os afrescos de Piero della Francesca, que estão no Batistério de Florença, contêm dois painéis sobre a visita da rainha de Sabá a Salomão. Giovani Boccaccio, em seu livro “Sobre as Mulheres Famosas” conta que ela era não só rainha da Etiópia e do Egito como também da Arábia. Tinha um palácio luxuoso numa ilha muito grande chamada Meroé, localizada em algum lugar próximo ao rio Nilo, praticamente no outro lado do mundo.

As enciclopédias, todas elas, contam essa história com o charme que a rainha de Sabá mereceu. Seria um mítico quem quisesse comparar a presidente Dilma à Rainha de Sabá.

Dilma quando viaja, não leva consigo ouro, joias e nem a comitiva da rainha da Etiópia. Nem tem o rei Salomão esperando-a na sua corte. É só um bacalhauzinho em Lisboa e Fidel Castro em Havana. Os tempos e os reinos são outros. Até por isso ela não tem o direito de esbanjar pompas e grandezas por ai, raspando o baú de ossos da Presidência. Não entendemos o motivo de hospedar mais de 50 assessores nos dois mais caros hotéis de Lisboa.

Tem razão a brilhante jornalista Eliane Cantanhede (Folha):

- “ Enquanto discutimos a passadinha da Presidente para comer bacalhau em Lisboa, o que deve estar chateando mais a própria Dilma é aquela foto de cara lavada. Com umas olheiras medonhas. É claro que presidentes têm direito a folga, a lazer, a bacalhau bom e a hotel melhor ainda. Muito justo. Mas, pera lá, às escondidas? E reservando 45 suítes (!) nos dois hotéis mais caros? Aliás, para que viajar com meia centena de funcionários? Não precisava exagerar”.

Salomão nunca disse que a rainha de Sabá tinha “olheiras medonhas”.

Fonte: SNERY