COPA 2014.

Foi sem dúvida o maior prestígio ao governo Lula, sediar a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Sentíamos num clima de primeiro mundo antecipado, já que caminhamos para lá. De repente a politicagem quer desmoraliza-la, colocando nas ruas baderneiros para destruir bens públicos e particulares. Contudo defendo reivindicações sociais justas, através de manifestações pacatas.

Minha finalidade não é falar sobre mascarados e futriqueiros eleitoreiros, mas exclusivamente sobre esta arte incrustada no DNA do brasileiro.

Em matéria de esporte, sou capaz de torcer com todo fervor para o Brasil em cuspe a distância, sou um ufanista inveterado, mas tenho meus entretantos. Tenho comigo as três melhores seleções brasileira até o momento, por causa de três jogadores que me encantaram.

Seleção de 1958. Gente, o que o Garrincha aprontou com seus dribles não está no gibi, claro, estou falando o óbvio. Dizem que os francês riam de suas pernas tortas, depois ficaram impressionados com seus dribles.

Seleção de 1970. As jogadas de Tostão era qualquer coisa fenomenal. O Brasil ao vencer a Inglaterra e Tostão ao livrar-se dos marcadores com geniais dribles, fora o autor intelectual do único gol para vencer a favorita da copa. É verdade que a imprensa do eixo Rio- São Paulo, diziam que ele não era o jogador ideal para jogar ao lado do Pelé. Zagalo queria levar Roberto do Botafogo. Foi aí que o Presidente Médici “deu uma dentro” pediu uma partida entre a seleção A e a seleção B, a B deu um Show na A comandado por Tostão. Diziam que o Médici entendia de futebol.O Mineirinho foi como titular. Se a mídia bairrista carioca e paulista não tivesse boicotado o mineiro, Tostão hoje estaria no mesmo ranking do Pelé. Um outro problema que deve ter atrapalhado Tostão; sua tendência esquerdista em tempos da ditadura.

Seleção de 2002. A imprensa do Rio e São Paulo chamava o Ronaldo de “bichado” . Queria de todo jeito a convocação do Romário, onde chegava a seleção tinha a torcida do “Romário!...Romário!... Romário!...” Dizem que Romário chegou a dizer um de seus famosos clichês: “ Romário é Romário!... Mané é Mané!...” Felipão foi firme, resistiu a pressão da imprensa bairrista e surgiu de novo, o Ronaldo Fenômeno.

Nesta seleção de 2014, os jogadores estão nivelados no itens de bons. Ao meu ver, não há um destaque, embora a mídia tentando criar um, o que pode ser perigoso, se vier perder o hexa, pode virar bode expiatório.. Na seleção brasileira de 1990 a culpa ficou na era Dunga. Em 1998 o bode foi o Ronaldo e seu piripaque . Em 2006 foi Roberto Carlos o bode por estar ajeitando a meia na hora do Gol do time adversário. Em 2010 Dunga encarna outra vez a cena do bode expiatório como técnico. Em 2014, se não conquistarmos o hexa, Neymar pode ser poupado, o Domínio do Fato julgará culpada a Presidenta Dilma Rousséff. Podem até me chamar de patético, mas para um golpe eleitoreiro é um vale tudo, com jogo rasteiro.

Lair Estanislau Alves.