Resposta de Deus a nossa aflições.

Resposta de Deus a nossa aflições.

O nosso caminho é penoso e distante,

nosso corpo sente dor e cansaço,

e ao longe enxergamos nosso destino e seguimos viagem.

Muitas vezes,

olhamos para o horizonte de nossas vidas e clamamos ajuda a Deus.

O sol arde sob nossas cabeças,

clamamos o calor.

Para piorar vem o vento do Norte,

trazendo em seu rastro areia e folhas secas.

Ah! Destino cruel!...

Blasfemamos gritando aos céus.

Onde está tu, Senhor?

O corpo arde,

a pele queima e o nosso destino ainda está longe.

A vida segue e seguimos com ela.

Nossos passos se arrastam pelo chão,

deixando na trilha a mostra de nosso cansaço.

O sol agora se põe entre as nuvens.

Agora não mais arde a pele queimada.

Sinto o frescor da brisa, mas por pouco tempo.

A chuva começa descer das nuvens,

e suas gostas caem sobre meu corpo surrado.

A água se mistura ao pó da viagem,

a poeira se transforma em lama em meu corpo.

Oh! Senhor!...

Esqueceste-se de mim?

Digo angustiado pela falta de sorte.

Clamo novamente diante do cansaço e da dor.

Ouça Senhor o meu clamor.

Caminho com vento forte batendo às minhas costas,

e com a água fria descendo dos céus.

Ah! Destino cruel.

Ando léguas e horas,

consigo atravessar o meu destino da vida.

Chego irado em casa e clamando a Deus.

Por que me deixaste sofrer?

Durmo salvo e sonho,

digo talvez não...

Não seja sonho esta minha nova visão.

Com o cansaço do destino vejo-me falando com Deus.

Que afaga minha alma e fala baixinho.

Filho meu...

Ouça o que digo e preste atenção.

Quem falou que te deixei sofrer em sua caminhada?

Que não abrandei seu calor,

e retirei sua dor?

Estive sempre contigo.

E você não acreditou,

ainda clamou-me a sua falta de sorte.

Que pela sua pouca fé,

você não viu que ao seu lado Eu estava.

Seu destino era longo,

quando cansado estava e o meu nome clamou,

suavemente soprei as suas costas,

empurrando-o ao encontro de seu caminho final.

Teve sede e calor,

ordenei as nuvens para cobrir o sol e te dar sombra,

mandei a chuva para matar sua sede e hidratar sua pele.

Novamente o meu nome blasfemou.

Mesmo assim aqui estou,

trazendo a ti todo meu amor,

e assegurando que mesmo não acreditando em minha proteção,

estarei sempre ao seu lado,

meu filho amado.

Crônica de Leandro Campos Alves.

Algumas vezes em nossas vidas clamamos nossa falta de sorte,

blasfemamos o nome de Deus, porém não sentimos sua presença.

Quando deparamos com os pedriscos do destino em nosso caminho,

não percebemos que as grandes pedras foram removidas.

Como o vento que sopra do Norte em nossas costas,

ele poderia estar em sentido contrário,

trazendo sua força como obstáculo,

e em seu encalço a areia direto aos nossos olhos.

Como a chuva que cai no momento certo,

refrescando e hidratando nossa pele surrada pelo sol.

Ela poderia não vir,

deixando-nos com sede e calor.

Leandro Campos Alves

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Escritor Leandro Campos Alves
Enviado por Escritor Leandro Campos Alves em 25/05/2014
Código do texto: T4819812
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