Laço ou nó?

Dizem que o amor é tão complicado. Não é, o amor é simples é como uma fita, um fio, uma corda. Complicado são aqueles que puxam o amor.

O amor apertado como o nó se perde, tira a liberdade, aperta, angustia, não respira, não vive. Quem puxa demais, sufoca demais, será que o amor é isso? Ter tanto medo da perda ao ponto de achar que apertar demais vai segurar mais tempo o amor... Será que isso é amor?

Pensar assim faz com que toda beleza do laço se desfaça. O amor não pode ser tão apertado. Cada um dos namorados, amantes, casais... Tem que ter seu momento único, de solidão, de liberdade, felicidade é individual. Aí está a beleza do laço, suas pontas podem parecer soltar, mas não estão, estão juntas, entrelaçadas, armadas de beleza.

Quando o amor é laço, ele é bonito e firme, ele enfeita e seduz. Um presente com laço encanta os olhos. Assim é o amor, bonito, encantador, que segura, que prende, mas não é apertado. Pode parecer frágil, parecer que se desfará mas isso acontecer não é culpa do amor e sim dos humanos. Mas todos nós sabemos que um laço bem dado é firme e não se desamarra facilmente, pode estar unido pra sempre, isso também depende dos humanos. O laço vem de todo um processo de ternura, a sua beleza vem da paciência de quem o faz. Sua sutileza, delicadeza resulta o encanto do laço.

Agora quando esse laço se aperta demais em um nó cego não é garantia de ter o outro pra sempre, isso não é amor, é orgulho, é sentimento de posse... Nó pode até te dar a certeza da firmeza, mas no amor ele é extremamente sufocante, um nó apertado demais chega a machucar apertando... Incomoda, irrita...

Que sejamos então laços que unem corações e não nós que sufocam as almas.