UM"SAMBA DO CRIOULO DOIDO"; O COMPLEXO DE VIRA-LATAS"

Domingo, 1 de Junho de 2014

UM "SAMBA DO CRIOULO DOIDO"; O "COMPLEXO DE VIRA-LATAS"

Em 1968 o jornalista e escritor Sérgio Porto, conhecido também como "Stanislaw Ponte Preta", fez um samba chamado "O Samba do Crioulo Doido", que era uma paródia e fazia um emaranhado de confusões a respeito de nossa história. E virou sucesso na voz do grupo paulista Demônios da Garôa.

Em muitas das vezes, quando queremos comparar algumas coisas um tanto quanto confusas, citamos tal samba para explicá-las. E isso vem se dando durante todos esses tempos. E com relação à situação do nosso país isto se dá com maior frequência.

Nesses últimos dias, com a proximidade do início da Copa do Mundo no Brasil, em Junho, muitos assuntos e situações estão criando circunstâncias muito próximas dessa letra de samba. Isto porque há muita confusão em tudo e em todos, no que tange a se chegar a um denominador comum para se tentar explicar e/ou justificar muitas das coisas absurdas que acontecem no Brasil.

Dos protestos diversos feitos nas ruas do país até à saída do Ministro Barbosa do STF, muita coisa está rolando nesse nosso cotidiano. E os protestos maiores estão se dando por causa da realização da Copa do Mundo e os absurdos que nela se acoplam. Desde os auto valores nela empregados, bem como corrupção e desmandos.

Muitos acusam a FIFA em ter assumido pleno e total comando sobre a realização da Copa do Mundo, bem como, também, todos os controles

sobre muitas questões que, direta e/ou indiretamente, envolvem esse evento. A ponto de invadir a nossa própria soberania, segundo alguns.

Há os muitos movimentos populares, praticados por diversas classes profissionais que pretendem melhorias diversas nas vidas de seus componentes, a começar por uma melhor remuneração. E essas classes têm provocado muitas greves que estão alterando o cotidiano das pessoas no país, bem como trazendo graves situações e prejuízos a todos.

Até a Seleção Brasileira entrou no circuito. Mas de uma forma negativa porque vários grupos partiram para críticas e censuras aos enormes salários auferidos pela maioria dos jogadores e também pelas exageradas circunstâncias de proteção que as autoridades aplicaram ao grupo, buscando afastar e evitar contatos mais próximos dos torcedores.

E não dá para esquecer que em Outubro vindouro teremos eleições em nosso país. Vai se eleger um novo presidente, senadores, deputados federais e estaduais, respectivamente. E é aí que devemos nos reter para buscar a solução para todos, ou quase todos, os problemas que nos afligem.

Isto porque nesta última temporada de mandatos eleitorais, o número de gente criminosa alcançou um patamar exagerado. E segundo dados divulgados pela ONG Brasil Transparente, 190 congressistas foram condenados pela Justiça ou Tribunais de Contas. O que é extraordinariamente chocante, haja vista que representa um percentual de quase um terço dos 594 componentes do nosso Congresso.

Mas aí cabe uma pergunta: Quem é o culpado disso? E a resposta não é difícil. O próprio povo é que é. Porque nenhum dos congressistas que estão lá em Brasília, entrou por conta ou iniciativa própria. Todos eles foram eleitos por esse mesmo povo em 2010. E não há de quem ou do quê reclamar.

Assim é que em Outubro desse ano, a população aja com muito melhor critério na hora do voto. Buscando escolher pessoas sérias e que não estejam envolvidas em nenhum fato de natureza irregular e/ou criminosa. E todo cuidado terá que ser tomado porque esses 190, ou quase, com certeza, estarão de novo no rol de candidatos ao Congresso Nacional.

E é bom lembrar de um fato interessante que foi criado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues em 1950, quando da derrota da seleção brasileira para a seleção uruguaia, quando criou uma terminologia que foi muito difundida país afora e está atualmente muito falada, inclusive pela própria presidente Dilma, que é a condição de "complexo de vira-latas". E é bom que todos se concentrem e busquem apagar, para sempre, tal complexo no povo brasileiro.

E só depende dele próprio.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 01/06/2014
Código do texto: T4827929
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