Um Eco no Vazio

Somos um eco vazio nesta democracia capitalista insana. Eu abordo muito as questões sociais. Eu vivi o tempo da Litorina, um trem muito confortável que ligava a Central do Brasil até o litoral, após Muriqui, quase no chamado Saco de São Francisco. Eram trens confortáveis, com ar condicionado; todos viajavam sentados e podiam apreciar as paisagens rurais.

O capitalismo interessado no lucro dos automóveis acabou com o trem por lá. Os que hoje existem no perímetro urbano são de péssima qualidade. A malha ferroviária está caindo aos pedaços.

Hoje quase todos tem carros - facilitaram a compra. Agora aumentam os combustíveis.

As estradas estão precárias em conservação, até mesmo no perímetro urbano.

Outro dia, andando de carro pelo bairro e imediações, vi que haviam refeito o asfalto das ruas principais. As transversais porém, tem crateras capazes de abrigar um carro.

Como expandir uma cidade que não tem mais para onde crescer? Agora falam em remodelar as cidades, criando condições urbanas no campo e no interior.

A explosão demográfica das grandes cidades, uma realidade, veio pela necessidade de novas oportunidades. Centros urbanos inchados por imigrantes estrangeiros e pelos brasileiros que vieram do interior sem recursos, tentar a sorte nas capitais. Seria esta a razão do crescimento desordenado das comunidades?

Sabemos que qualquer mudança proposta para solução dos problemas urbanos vai demandar tempo e dinheiro.

Dinheiro que devia ser do povo para o povo, simplesmente desaparece. Mágica da desintegração ou da corrupção?

Só nos resta esperar com paciência ou definir realmente o que queremos nas urnas.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 07/06/2014
Reeditado em 07/06/2014
Código do texto: T4836273
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