PÃO, CIRCO E AMOR

Lailton Araújo

O pão é um dos alimentos mais populares do planeta Terra. Está espalhado pelos continentes e acompanhou a evolução cultural de cada povo nos últimos milênios. O circo foi a principal manifestação artística dos séculos cristãos. Era e ainda é usado como forma de acalmar ou incitar pessoas. No Brasil, o circo encontra-se em decadência. As crianças choram! Sentem falta do palhaço, do trapezista e do mágico. Longe das lonas, terrenos baldios e distantes dos profissionais da área, o circo é um caso especial e político. Tem a aparência de algo obscuro. Soa como teatro de mau gosto, mentira, egoísmo, inveja, corrupção e tantos outros desmandos oficiais ou clandestinos.

As combinações de pão e circo fizeram homens e mulheres repensarem a vida, de forma filosófica. Muitos nem param para pensar! Pão e circo são necessários à sobrevivência dos seres humanos? É de conhecimento geral que o pão alimenta o corpo, a fé cristã e outros credos. O circo distrai ou relaxa qualquer mortal. É a diversão que pode mostrar a verdadeira arte circense, ou espetáculo disfarçado em alienação. Será que só de pão e circo viveu, vive ou viverá a humanidade? No monopólio dessas palavras, entra em cena uma terceira: amor. A palavra amor é uma das mais bonitas da língua portuguesa. Amor ao contrário, torna-se Roma. E foi na Roma Antiga que ocorreu o extermínio dos que pregavam o verdadeiro amor. Leões devoraram cristãos e opositores do Império Romano, na aplicação da política: pão e circo.

Juntando-se três palavras: pão, circo e amor, percebe-se que os jogos romanos continuam atuais nos gabinetes dos que governam ou desgovernam. Será que a atual sociedade não poderia espelhar-se em Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce? O Haiti está aqui e ali! A harmonia com a natureza, pregada por São Francisco de Assis, talvez seja o pão da vida, ecologicamente correto, sem trigo, milho ou fermento, e que cresce! Poderá crescer ainda mais, quando for distribuído em forma de solidariedade, paz e amor.