Não Quebrou as Regras?

Viagem anímica a Black River... Aquele ponto onde o sol te deu rugas e risadas... Onde o medo de ir ao banheiro fora superado por mais um trago e uma trepada... onde o estacionamento estava tão distante que o erro foi insignificante, e a parede não viu nada...

Minha higiene mental está mais suja que qualquer um dos oito vasos sanitários do Mercadão Municipal de Ribeirão Preto/SP no ano de 1983, quando havia lá um Pirarucu gigante pendurado acima da porta de entrada... O negócio ali fedia mais do que a Londres medieval...

Comprando foguetes e bebidas em dez vezes no cartão, o brasileiro vai pra frente da televisão, com sua bacia de pipoca, cerveja morna e um pouco de instrução, que se traduz em esperança, a assistir o Neymar e aqueles adolescentes sortudos e nojentos comerem a bola depois dos jogos, com champanhe francês e vulvas novas, ruivas, loiras, morenas e perfumadas...

Sou um homem sem paz...

Um homem sem pássaros ou mesmo asas...

Sou um homem que não se senta para conversar e nem usa piadas de elevador para chamar a atenção...

Sem questionar o tempo e o clima!

Quando entrou, logo de cara viu uma pia do lado esquerdo (pia sem prateleiras e nem qualquer tapume)... Uma daquelas pias de qualquer lojão da construção... pia de promoção e já gasta... Para seu desespero, além do cheiro de livro velho, havia uma faca lá... uma faca com cabo de madeira e lâmina enferrujada... Aquela faca, aquela maldita faca, fez com que a trepada se tornasse arriscada...

Senhores, como a trepada foi rápida!

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 10/06/2014
Reeditado em 11/06/2014
Código do texto: T4840139
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