DIA DOS NAMORADOS (1)

DIA DOS NAMORADOS (1)

Quem se importa realmente com ele?

Nas ilusões de algumas jovens e mulheres um dia elas encontrarão um ou mais namorados, e um deles poderá ser o seu noivo. Como é desejado esse dia! Até aí é comemorado com alegria, jantares, troca de presentes, palavras doces e carinhos o Dia dos Namorados.

Casaram-se um dia... Acabaram-se as ilusões.

Entendiam aquelas jovens mulheres que, se tivessem um namorado tão bom, ficariam noivas e, casando-se, teriam um namorado tão bom que foi eleito para viver juntos uma vida inteira de afeto, companheirismo e planejamento comum.

Ledo engano.

Nos primeiros anos, talvez haja algum resquício deste enlevo que os uniu e que os faz comemorarem , quase como antes, esse dia dedicado aos namorados.

Depois de mais um pequeno tempo, se o dia é lembrado, o presente “surpresa” pode ser um belo sofá ou um conjunto de mesa, quando não um eletrodoméstico para a “patroa”.

Que tristeza!! Daí para piores dias... Como as pessoas podem ser tão insensíveis?!

Como pode alguém ficar tão cego emocionalmente e aceitar muletas para continuar a andar durante anos, quando tem dois olhos perfeitos, um cérebro em completo funcionamento, é capaz de tomar decisões só e assumi-las, inclusive financeiramente?

Como é possível ainda manter o burlesco sonho de que é capaz de viver, na constância de um casamento, um pequeno momento especial, no Dia dos Namorados, reunindo os poucos vestígios do que já foi uma intensa emoção que levariam ambos a pensar em amor?!

Parabéns a todos que verdadeiramente conseguem esta façanha, com sinceridade, apesar dos anos decorridos!

Aos enamorados, vivendo as primeiras etapas de uma vida a dois – sem vulgarização dos sentimentos – mergulhem sem receio nesses belos instantes e lutem para que um dia não sejam meras lembranças.

Dalva da Trindade S. Oliveira

(Dalva Trindade)

12.06.2014