Um teorema especial

Foi assim que a conheci. Uma pequenina doce, morena de olhos arregalados. Tudo o mais próximo duma pequenina índia, com seus eternos cabelos extremamente lisos e despenteados.

Não sei porque, mas ela se assemelhava a um bichinho assustado, sempre, sem contudo baixar a guarda um instante sequer. Tudo era examinado pelos seus dois olhos amendoados e bem abertos.

A ternura que ela despertava nos nossos corações devia ser obra celestial. O braço de seu anjo protetor. Assim, essa pequena criatura

viva sua eterna inocência, sendo livrada de muitos tumultos, maldades e perigos, que muitas vezes, ela mesma, nem percebia. Mas que a correntes do bem a protegiam.

Por isso, fico pensando, por vezes, na existência desses anjos protetores. Arcanjos ou querubins. Reais, ou desesperadamente tidos

como tais. Tal qual uma lâmpada de Aladim, uma espada real e poderosa

em prol do que está só e em perigo.

Enquanto, por outro lado, uma dúvida paira, por vezes, em contraponto. Por que, tantas outras criaturinhas, também inocentes

e frágeis, são vítimas de crueldades, de um destino ingrato? Será que na "hora H" seu anjo, estava de férias, ou tirando uma soneca?

Por enquanto, essas minhas dúvidas não têm resposta. Também, que diferença faria, se a nós não compete a maestria, de mudar certas situações, que fogem à logística. Contentamo-nos com as situações que podemos interferir e dar um rumo certo. Uma palavra amiga. Uma opinião elucidativa e dízimos de amor fraterno, nesse imenso admirável mundo, tão conhecido por poucos.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 14/06/2014
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T4844809
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