Crônicas da Copa, II - Brasil 0 x 0 México - aquelas supostas vantagens que já nos preocupam...

Crônicas da Copa, II - Brasil 0 x 0 México - aquelas supostas vantagens que já nos preocupam...

No início das transmissões da partida Brasil x México, estranhei o otimismo exagerado de locutores e comentaristas, com o placar. Ronaldo, falava em 3 x 0, Kafu arriscou o palpite de 4 x 0, na Globo. E na Band, Neto, também falava na possibilidade de 4 x 0. E eu pensando que um placar de 1 x 0 resolvia o problema.

E veio o jogo. Pegado. México resistindo, num primeiro momento e arriscando depois, tendo a sorte de ter no gol um arqueiro fantástico e carismático, Ochoa. E o Brasil, pouco eficiente na contenção e sem criatividade no ataque - onde só tinha Neymar (que buscava até escanteio para cobrar, preocupado com a criação de um resultado favorável).

No início da partida, Neymar chorava na hora de cantar o hino. E os outros cantavam de um modo histriônico. Lá pelas tantas do primeiro tempo, Marcelo lamentou o tiro para o gol com tapas na testa. No segundo tempo, Thiago Silva também dava cascudos na cabeça, com a mão direita. Era o sinal evidente do ruído de fundo que eu pressentia: no nível das emoções, a seleção não está bem, indicando que o espírito de equipe precisa ser trabalhado urgentemente, se houver tempo...

O fato é que a seleção brasileira tem como base jogadores que jogam na Europa e, especialmente Espanha, o que seria uma vantagem, pois se trataria de uma equipe com a experiência e um pouco da cara de um futebol vistososo e vitorioso. Mas, o que sucedeu à Espanha diante da Alemanha dá uma ideia do que pode ter sido um grande equívoco.

Paulinho, nervoso e atrapalhado: porquê? E Fred, sem razão alguma para estar em campo. Davi Luiz, quarto-zagueiro, quer chutar para o gol e Daniel Alves, também. Mas, o ataque, que é encarregado disso, tem problemas que persistem. E fiquei pensando que Hulk e a possibilidade e seus tirombaços poderiam ter ajudado a estabelecer um placar diferente.

Agora vem a seleção Camarões. Não creio que haja dificuldade na vitória e, enfim, na classificação em primeiro lugar na chave. Mas, o que vem depois, preocupa...

- Bom dia a todos. E vamos em frente!