Ensino Fundamental

Sem essa de pretensão panfletária ou discurso (inconsistente) sobre algo que todo mundo já sabe. Digamos que seja uma pequena exteriorização psíquica, pô!

Mas a gente nasce, em casa ou vem pra casa depois, e começam logo a nos mentir. Ensinando-nos valores (ética, nobreza, dignidade, correção moral, etc.) que depois, na vida adulta, vamos ver que nem sempre poderão ser mantidos ou observados. Por nós, pelos outros ou nos outros.

Depois vamos pra escola. E continuam a mentir pra gente. Ensinando-nos uma história que é mentirosa, como iremos comprovar depois, também na vida adulta. Ao verificarmos, por exemplo, que o Brasil não foi descoberto, mas invadido. E a gente à toda hora tendo que responder “Quem descobriu o Brasil?”, “Quem descobriu o Brasil?”.

Depois, na hora de irmos embora, quem tem tempo pode concluir que tudo realmente não passa de uma mentira. Pois todo o castelo que construímos, os sonhos que realizamos, os males ou bens que adquirimos pulverizam-se com a nossa pulverização. Ou quando muito ficam por aí, e nós não.

Passando a fazer sentido, como nos ensinaram no início, que tudo seja uma mentira. Sendo a verdade uma roupa cara ou barata, alinhada ou démodé, de que se veste a mentira face à necessidade que imaginamos ter de não andarmos despidos.

Rio, 20/06/2014

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 20/06/2014
Reeditado em 20/06/2014
Código do texto: T4851614
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