DESPEDIDA

Deixe-me aqui chorar os meus mortos, a minha dor é latente, aumenta à medida que lembro dos meus Pais. Não posso voltar no tempo e dar-lhes o último abraço, não pude nem despedir-me, por isso estou aqui, em silêncio, fazendo isso.

Ouço o meu próprio coração bater marcando cada

fração de segundos que passa. Quando mataram meus pais se esqueceram que eles tinham um filho, éramos uma família.  A quem pedirei minha bênção? Quem irá à noite em meu quarto para me cobrir? De quem ouvirei as histórias de que super-heróis não morrem? Em que acreditar se os meus morreram. 

Marcelo Queiroz

20/01/14

20:12 h

Escrevi essa crônica depois que vi a foto de uma criança afegã deitada entre os túmulos de seu pai e de sua mãe.

Marcelo Queiroz
Enviado por Marcelo Queiroz em 23/06/2014
Reeditado em 05/01/2019
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