DE PAI PRA FILHO

Moro em uma chácara que foi herança do meu falecido pai. O terreno tinha dois mil metros quadrados e foi dividido entre meus três irmãos, que mais tarde venderam a sua parte e eu ainda comprei a parte que correspondia a minha irma, ficando com a metade do terreno, enquanto que a outra parte eles venderam.

Meu pai certa vez, ficou encantado com uma proposta que recebeu pela chácara que era troca la por um grande apartamento e duas lojas bem no centro da nossa cidade.

Meu pai que trabalhava na C S N e ainda tinha uma quitanda bastante sortida e ele gostaria de ampliar os seus negócios pois ele gostava muito de ser também comerciante.

Naquela época, eu estudava em um colégio, la na cidade e não estava gostando nada de ter que deixar o meu paraíso,entre muitas arvores frutíferas. onde eu nadava no Rio Paraíba e no açude que ficava bem proximo da nossa chácara.

Meu pai ao perceber a minha tristeza e preocupação com medo de perder o meu tesouro, acabou por não aceitar a vantajosa proposta e não concluiu o negocio.

Foi assim que ele determinou que a parte do terreno onde estava a casa seria a minha parte da herança.

Quando meus irmãos algum tempo depois da morte dos meus pais pensavam em desfazer da sua herança,eu ainda ouvi uma historia do meu tio Benício que falava da saudade que sentia ao passar em frente a Cafua, uma propriedade que ele havia vendido para construir uma casa melhor em outro local.

Aquela historia mexeu comigo e ate hoje mantenho a minha chácara embora depois do infarto não posso cuidar bem dela, mais vender eu nunca venderei, tenho uma divida com o meu pai.

Na minha posteridade, as minhas filhas podem ate vender a propriedade, mais elas conhecem a minha historia.