DIGA "ADEUS" AO DIAZEPAN

Eu não sou ateu. Não acho que haja lógica nisso. É claro, não estou falando de crença no deus cristão. Deuses personificados, interessados nos problemas que o homem criou, aí realmente não cola. O deus que menciono é algo e não alguém. À sua semelhança somos nós, que só somos alguém quando algo manifesta em nosso corpo físico. Antes disso somos só algo. Deus é a força que cria os alguém. Que os sustenta, que os destrói e que os volta a criar se isso se fizer necessário. Deus não tem a necessidade de receber qualquer tipo de louvor ou de profissão de fé. De doutrina moral ou de instituição religiosa. Ele é algo que inexoravelmente acontece. É matemática pura. A consciência universal pronta para atender ondas mentais e leis gravitacionais.

Bem, deixa isso para lá, outra hora eu discorro sobre a minha crença no divino. Vou falar agora sobre a Bíblia. Todos os cristãos deveriam se por à par da história desse livro. Como ele foi reunido, qual a origem dele, se houve adequações, se houve interpolações. É um livro profano demais para se julgar sagrado tão descriteriosamente. É estar muito suscetível à disciplina que os romanos precisavam estabelecer no mundo para facilitar o império deles. A Bíblia de sagrado não tem nada. Ainda mais que o que mais a aproxima disso, o vínculo com o Antigo Testamento, é deixado de lado, e até combatido, para que os fiéis não questionem muito algumas coisas que estão nos livros escritos pelos padres de Roma e que compõem o Novo Testamento, que dita o padrão de comportamento do cristianismo. Isso é venerado, completamente fora de contexto com as escrituras hebraicas, nas bíblias católicas, espíritas e protestantes. Pelo menos a Bíblia de Jerusalém guarda uma fidelidade em maior índice com a Tanak, que seria a escritura que deu origem à Vulgata, que foi usada para compor o cânon bíblico. A de Jerusalém é a que eu tenho. Esta, me inspira confiança quando busco "palavras de força".

Agora é hora de falar sobre "palavras de força". Não é necessário que um texto tenha sido extraído de um livro ou de um panfleto considerado sagrado, mágico ou alquímico para que o que lemos surta efeito sobre nosso ser. Basta ter força bastante para nos fazer confiar nele e no que ele diz. Se o compilado do qual o texto faz parte tiver uma história de tradição ou alguma relação com misticismo, tanto mais tem efeito motivador sobre a nossa personalidade por causa da impressão que essas referências nos causa graças a iniciação que recebemos na infância, o que nos torna capazes de alterar nossa realidade. A gente percebe essa presença de um texto nos arrancando ânimo facilmente com a música. Tanto as que possuem letra, quanto as instrumentais. Formando boas ou más personalidades, motivando para o bem ou para o mal. Qualquer pessoa consegue testemunhar o que a música é capaz de influenciar. O mais perceptível é o relaxamento, bem tranquilizante, que experimentamos quando nos expomos ao som de um violino bem trabalhado ou a um canto gregoriano.

É o gancho para falarmos de tranquilizantes. As vezes, o stress da vida social urbana nos aborrece tanto que é difícil até conseguir sono. Ou calma para pensar e tomar decisões; Ou calma para lidar com o próximo. O que fazer? Eu indico o Chá de Camomila. Sem medo de receitar. Não há nada melhor. Natural, sem efeito colateral, sem risco de dependência química. Tiro e queda em algumas situações favorecedoras.

Mas os médicos receitam o tal do Diazepan. Esse é, para mim, tudo que você não deve tomar se tiver com os problemas listados acima e outros mais. Eu só confio nos médicos mais velhos. Aqueles que na minha infância e adolescência, há mais de trinta anos, já operavam. Só consigo perceber dignidade, amor ao trabalho e compromisso com o Juramento de Hipócrates neles. Os outros, sinto muito: são prescritores de remédios alopáticos. Ganham comissão da indústria de remédios. Não querem muito te ver bem e sim ganhar o dinheiro deles. Ocorre, no entanto, que os médicos mais antigos não estão livres de receitarem drágeas de Diazepan. Principalmente os que trabalham no Setor Público de Saúde ou os que não têm o próprio consultório. E aí ficamos fadados a sermos vitimados pelo tranquilizante escravizador de metabolismos humanos. Fadados a viciarmos a dormir só com uso de remédios químicos tarja preta e a ter que nos ocupar de ficar periodicamente buscando receitas para comprar mais drogas na farmácia autorizada e gastando o dinheiro que às vezes teríamos para empregar em outro empreendimento.

Aconteceu de eu ser receitado com o sonífero. Porém, eu já sabia que isso não iria resolver meu problema e ainda ia acabar com a minha sanidade mental. Eu não ia mais poder escrever essas besteiras que teclo aqui. E com o tempo: nem ler o que outros escrevem. Em contrapartida, o dilema da ansiedade persistia. Eis que a fórmula "Crença em Deus + Leitura de um trecho do Antigo Testamento da Bíblia de Jerusalém antes de dormir + Um copo de chá de camomila logo a seguir" se mostrou milhões de vezes mais eficiente do que o Diazepan. É isso que venho aqui testemunhar em texto.

Palavras da Salvação. Graças a Deus!