A mulher que eu conheci um dia

As tatuagens em sua pele marcam as passagens de sua vida e as cores do cabelo seu humor. Ela é forte, mas chora com vídeos de filhotes de cachorro... Ela grita e não aceita as injustiças que os outros parecem ignorar, não gosta de clichês, mas admite que as vezes se torna um. Seus relacionamentos são regados de poemas de Edgar Allan Poe e conversas sobre o universo e sua magnitude e, se não for assim, não é nada. Gosta das pessoas misteriosas e evita as complicadas. Já é complicada demais. Ela não tem paradeiro, embora goste de deitar e se isolar do mundo por dias e dias seguidos. Aproveita a solidão e luta contra a depressão que assola seu mundo de fantasia... Perto da cama a estatua do ídolo alado enfeita o quarto e ao lado da estante cheia de discos de vinil que ela nunca escutou, mas gosta de admirar, cresce a pilha de livros e papeis... Um escritório particular onde é proibido usar gravata ou calças

Fernanda Oz
Enviado por Fernanda Oz em 06/07/2014
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