Visão de mundo

Sou cidadão, presente na sociedade, digno de ser o que sou.

Ao ir para o trabalho, vejo da janela do meu carro, centenas de pessoas se dirigindo para suas ocupações. Elas são estranhas, não prestam atenção no que fazem, dirigem como se fossem robôs programados para trabalhar, trabalhar e trabalhar. Parece que não faria sentido se na ocupassem suas vidas. Vejo pessoas vazias, como se fossem zumbis nas ruas. Também parecem marionetes, tudo que é imposto pela sociedade é aceito; não questionam, somente obedecem e nem sabem quem impôs essas regras. Eu, também, sigo as regras; mas nunca fui muito de acordo, não entra na cabeça. Nosso mundo é composto, como diz o cordel, “de gente morta, produzida em escala industrial”. Não passamos de marionetes vazias, pensando ser racional, sendo manipulados pela própria inconsciência. Enchendo de falsos prazeres mundanos; sem reconhecer o que na verdade somos. Meros mortais. Acreditando que todo dia é um novo dia, mas não passa de ilusão; só se sente o tempo passar quando se olha para o espelho, percebendo que está chegando o seu fim. Assim que reconhece que sua vida não lhe valeu de nada.

Dionísio
Enviado por Dionísio em 15/05/2007
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