Não estávamos preparados. Perdemos para os alemães!

Prólogo

Com este texto não busco apontar um ou mais de um culpado! Não serei leviano a esse ponto. Em um jogo de futebol só há três opções: Perder, ganhar ou empatar. No caso em comento só existiam as alternativas perder ou ganhar. Perdemos! Todavia, nunca uma seleção havia marcado sete gols numa semifinal de Copa.

A torcida mineira também gritou "olé" durante as trocas de passes entre os alemães, que saem do Mineirão como favoritos absolutos à conquista do título, seja contra os argentinos, seja contra os holandeses.

NOSSA SELEÇÃO BRASILEIRA FOI LONGE DEMAIS

Em que pesem as profecias cruéis, pessimistas e, até realistas, eu acreditava na possibilidade de uma vitória da seleção canarinho contra a todo-poderosa seleção alemã. Ocorre que, dificilmente nos preparamos para perder e permanecermos de cabeça erguida. Perdemos feio. A derrota foi humilhante, mas, creio que nossa seleção brasileira foi longe demais!

TROCAMOS UM PESADELO POR UM TORMENTO

Destruímos um fantasma tenebroso, isto é, a decisão da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, no dia 16 de julho de 1950, no Maracanã. A supracitada decisão deixou de ser o episódio pesadelo mais desastroso da história centenária do futebol pentacampeão. Todavia, herdamos o tormento da perda do hexacampeonato para uma equipe extremamente preparada e pronta para o embate em solo estrangeiro.

Ocorre, no entanto, uma verdade: O choro plangente dos perdedores (nação e jogadores) foi contagiante, mas não afetará os polpudos salários dos atletas, inocentes úteis e parvos que, atarantados, entraram em campo gritando o Hino Nacional, mas usando chuteiras coloridas com saltos altos.

Claro que desde o início do certame (12/06/2014), quando a nossa seleção venceu a seleção da croácia por 3x1, já haviam fortes indícios de que a vitória seria apenas fogo-fátuo (Falso brilho; glória, prazer de pouca duração) ou de pouca credibilidade.

A pavonice de alguns jogadores foi o écran ou quadro onde se projetaram as imagens das empresas dos atacadistas e varejistas ávidos por lucros exorbitantes com a venda de bugigangas ou quinquilharias de pouca ou nenhuma durabilidade.

Agora essas bugigangas de pouco ou nenhum valor ou sem utilidade ficarão guardadas até os anos de 2016 e 2018, quando serão novamente vendidas a todos os torcedores fanáticos e ou apáticos seguidores da moda.

CONCLUSÃO

Todos nós brasileiros e, até os naturalizados, nos momentos difíceis da seleção brasileira na Copa - como no empate sem gols com o México, a classificação nos pênaltis contra o Chile e a vitória apertada contra a Colômbia - apoiamos nossos atletas, mas, a fidelidade canina do público não resistiu ao massacre alemão.

Se vencessem os alemães os nossos jogadores seriam heróis, mas como NÃO GANHARAM os torcedores perderam a paciência, xingaram Fred, vaiaram os erros dos demais integrantes da equipe e assistiram, em silêncio, ao fim melancólico do jogo que se me afigurou como um “racha” (Jogo de futebol disputado em condições rústicas, entre jogadores amadores) medíocre.

Com menos de meia hora de jogo, o Brasil sofria sua maior goleada em Copas: 5 a 0 (na única outra ocasião em que sofreu tantos gols, na Copa de 1938, acabou vencendo por 6 a 5). E os alemães, impiedosos, ávidos, queriam mais: agora o Brasil estava rendido, presa fácil para uma equipe azeitada e preparada que parecia funcionar com perfeição em todos os seus setores.

Depois do choque, com um longo período de silêncio, a torcida voltava a gritar "Brasil!", mas de forma tímida. Em campo, os jogadores de nossa briosa seleção pareciam não ter mais forças para responder: perplexos, corriam desorientados, incapazes de bloquear os oponentes vorazes. É fato: Não estávamos preparados. Perdemos para os alemães!

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NOTAS REFERENCIADAS

- Noticiosos de uma forma geral; imprensa falada, escrita e televisada.

- Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstâncias e imparciais.