A GUERRA DOS MENINOS
Voz é dolorosa na veia sem sangue,
prisão, forte caído,
sonho que a terra almeja.
Roupa suja,
faca na mão.
Implacável caminho de gatos e cães,
olhos de sabre assobiando.
Olhar de loucura
caminhar, morrer e matar.
Fica ao lado,e pensa.
ontem não pude dormir,
pesadelos sugavam-me o sangue anêmico.
Gatos namoravam la fora,
a tv a cabo saiu do ar.
acordou cedo, fumou um cachimbo de crak
e foi fazer exames de sangue , fezes e urina.
Por traz da cortina lilás a rua deserta viu
pessoas caminharem na contra mão
um revolucionário,
muitos revolucionários se foram,
os capitalista chegaram a capital
é o ópio da adolescência
fervilha em cada esquina.
Papoulas e cifrões comem os sonhos
de um homo sapos esse homo brasileiro
de pomo de Adão.
Pontos em sua vida,
pontos do trafico sem carro
ao mesmo tempo parte do universo
no jornal da tarde.
Alias nem existem os jornais das tardes,
eles são os jornais eles são personagens dos jornais da madrugada.