AZUL OU VERDE? VERDE OU AZUL?

Hoje são 29 de julho de 2014, mais ou menos meia-noite e meia, estou acordada e meus neurônios se embaralham e eu me questiono, o que se passa na cabeça dos meus companheiros neste dia de eleição?

Uns pensam azulados da cor do céu, outros esverdeados da cor do mar, uns ainda pensam na proposta útil para a nossa instituição, há aqueles que só vão cumprir a obrigação e os que votam branco ou nulo. Mas, na verdade, tudo isso é um direito do cidadão.

Eleições é isto ou aquilo. Uma divergência que é a cara da democracia. Certa ou errada é essa que temos no nosso país. Os escritos relatam que a democracia foi menos presente. Os escravos de séculos passados que o digam, as mulheres que não podiam votar... Legal, mudou pouco. Mas, é assim que era o sistema. O crescimento do nosso país e o desenvolvimento de nossas instituições andam devagar. Muitas vezes, morosas demais. Seja como for, eleições são sempre uma possibilidade de inovação, mudança, esperança, apesar de toda a frustração e desânimo com a classe representativa. E pensar nisso acorda em mim a lembrança de uma passagem que eu sou a protagonista.

Vinte e três de junho de 2014, em Brasília, vento frio cortante na pele, coração acelerado e sangue fervendo nas veias cercada de policiais militares, cavalaria e homens especiais de segurança. Minha pele arrepiava de emoção, eu de sandália baixa, short, blusa verde, em homenagem ao jogo do Brasil, colete preto do SINASEFE, cabelos um tanto desgrenhados, e vários representantes de categorias caminhando da rodoviária até o cordão de segurança no limiar do Estádio Manoel Garrincha e os militantes falavam, cantavam em repúdio a falta de educação, saúde... Querendo condições tipo padrão FIFA. Em protesto os militantes queimaram em público a representação da taça da copa.

Momento ímpar. Minha memória guarda os detalhes.

Depois fui assistir ao jogo Brasil e Camarões.

A minha essência sonha com uma ação por ideal de liberdade, ou por outros valores quaisquer que valham mais do que desavença e intriga.

Talvez haja palavras suficientes para descrever esperança, mas os verbetes se escondem de mim.

Cada um eleitor complete com o seu repertório a imagem possível de seu sonho. A cena que me emocionou naquele momento de greve seja a diretriz de quem sabe o caminho, de quem sabe uma esperança, essa é a imagem que eu quero guardar após o término da eleição.

A vida é tipo uma roda gigante e dá muitas voltas. Reis caem em desgraça e mendigos se tornam reis.

Mas, isso só é possível, graças a Democracia.

Por isso, todos que acreditam que “todo político é corrupto” cometem um crime, um grave crime: o de pensar desse modo e caem no estereótipo: preconceito e vai mais além político é assim...

A política determina a nossa própria vida.

A nossa vida não é coisa suja, a nossa vida não é corrupta.

O Brasil real não é o que aparece nos meios de comunicação, nos noticiários da TV e policial.

Eu, você, nossos filhos, nossos netos, nossos pais, não somos a representação, somos vítimas daquilo!

Quando votamos, é a nossa esperança que estamos colocando na urna.

Todos que falam mal da política cometem o crime maior: apunhalam, ferem e tentam matar a Democracia. A nossa bússola. Somos filhos da Democracia.

Respeito gera respeito.

E assim falava o Profeta, “gentileza gera gentileza”.

E a consequencia dessa virtude gera sorrisos, afeto, apertos de mãos, abraços, beijinhos e o mais importante gera qualidade de vida resultando em um mundo melhor, respeitando as diversidades.

E você azul ou verde é aquele que seguirá conosco na caminhada, não é opção é condição.

A eleição é somente hoje, eu e você só precisamos de respeitar o outro com atenção, consideração.

Nós o que precisamos nesta vida?

- Amor, uma dose de gentileza, um pouco de chocolate e para complementar aceita um cafezinho?

Genuzi
Enviado por Genuzi em 29/07/2014
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