O DIA QUE A BOMmba EXPLODIU e eu também!

O DIA QUE A BOMmba EXPLODIU e eu também!

Naquele dia normal como todos rotineiros, levanta-se cedo, horas no congestionamento!, aquela mulher com uma criança nos braços vendendo balas, doces, meus olhos de indignação...chegamos ao trabalho; bom vamos ao que interessa:

De repente O BUM! o que foi isso?

Parece que o nosso teto quer desabar...

É, colocaram uma bomba no meu trabalho, explodiu um andar inteiro, o banheiro de cima, embaixo a minha sala...(detalhes ocultos, não posso revelar)

Todos foram dispensados depois do susto...

Nesse tempo íamos em quatro dentro meu carro, eu e mais três amigos ponta firme, aqueles que até hoje não esquecemos e de vez em quando nos esbarramos por aí...E a saudade bate forte!

Indo para casa, passando pelos mesmos lugares costumeiros, embora cidade grande, algumas rotinas são pontuais, e não são casuais.

Farol vermelho...Parei o carro, meu estado emocional, estava meio abalado, então:

- Moça quer comprar doces?

Olhei para ela, o sol estava quente, aquela criança em seus braços, parecia desmaiada de tanto calor, fome, cansaço, sei-lá o quê.Indiguinação, nem sei o que me aconteceu, aquilo foi durante um ano queimando meus miolos...De repente! parei, e olhei bem firme e disse:

-Querida... falei com tom bem forte!

-Essa criança é sua?

-Sim, ela é minha filha,

-E você não tem dó, amor por ela?

Já faz um ano que vejo você e ela crescendo assim sem o mínimo básico necessário, e pelo jeito você não é mãe,...Falei.

-Não tenho com quem deixar para trabalhar, e preciso, popr isso ela está comigo...Disse ela.

-Bom, a creche é ali..por que não põe lá?

-Já fui, mas falam que não tem vaga...

Nesse momento explodi de vez, essa mesma creche me negou a vaga para minha filha...(minha mãe a levou para Minas) mas foi resolvido, que tinha a mesma idade dessa que estava nos braços daquela mulher, a minha ira dobrou de tamanho...em segundos.

Então vesti minha armadura, essa que uma vez em cada dez anos visto:

- Pois muito bem...Amanhã passarei por aqui, se você estiver com essa menina nos braços, você vai perde-la, pode apostar nisso.Vai lá naquela creche e fale que você vai perder essa criança, do mesmo jeito que você não demonstrou amor por ela...não fará questão, de ficar sem..Amanhã...Grave bem isso.

-Abriu o farol..dei a partida e pensei antes dos meus colegas argumentarem...Amnhã essa menina estará na creche...deixei-a com tanto medo propositalmente, que passará para a diretora seu desespero, É, pois sei que quando fui chorando, falando mansamente, a resposta foi simples:

-Aqui a vaga é para quem não tem registro em carteira...HEHE, aquela era a ocasião...

E ví nos olhos daquela mulher...Minha sensibilidade, ela estava falando a verdade, porém, era necessário ser movida pela violenta emoção.

-Você é louca?, amanhã ela te dá um tiro...ou qualquer coisa assim...Meus amigos indignados comigo., o que deu em você, nunca te vi assim?...pois é, nem minha mãe soube disso, sabia que não falaria diferente deles.

No dia seguinte:

Mais de trinta no meu ouvido...Meus colegas falaram, e eu que entrava muda e saia calada, de repente a minha consciência apontava medo, sei que falavam em tom para chamar minha atenção, todos alí gostavam de mim.

Então resolvi, mudamos de caminho por uma semana, fiquei com medo, não estava, mas fiquei depois disso.

Porém, uma semana após o ocorrido voltei fazer o mesmo itinerário, e lá estava ela...o farol avermelhou, PAREI,GELEI...

Lá vem ela em minha direção, sem a criança nos braços e diz:

Olhe dona...você me deixou com medo, e naquele dia mesmo fui à creche e me deram a vaga, minha filha ficará lá durante o dia e a noite em casa cuido dela. Com sorriso na face...ela me agradeceu mais uma vez,,,e eu,feliz, aliviada, mas dessa não faço nunca mais..

Aquele dia há dez anos atrás, a bomba explodiu e eu também...mas o choque dessa vez deu resultado positivo...A menina tem a mesma idade da minha filha 11 anos, logo após esse fato mudei de cidade, e agora se ver não conheço mais...

isis inanna
Enviado por isis inanna em 06/08/2014
Reeditado em 06/08/2014
Código do texto: T4911634
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