O LADRÃO E A MOTO
 
 
“Um caso inusitado foi registrado no interior do Ceará, no município de Russas, a 160 quilômetros de Fortaleza. Um ladrão roubou uma motocicleta e a abandonou na localidade do Córrego da Catita, zona rural da cidade e ainda deixou um bilhete desaforado. Com linguagem coloquial, escreveu que “nondar nem pra fazer um asalto” (sic), e pedindo para o dono da moto ajeitar essa “poiqueira” (sic).
“Ajeita essa porqueira, macho, não dá nem pra fazer um assalto. Isso não serve nem pra botar no lixo, seu fulero. Compre uma brozinha, macho. Valeu, “compade” (sic), diz o bilhete.
 
Segundo informações da Polícia Militar de Russas, a moto foi deixada na zona rural da cidade na tarde da última terça-feira (5), e já foi devolvida ao dono.
A moto já foi devolvida ao dono. A polícia continua as buscas pelo autor do roubo, que ainda não teve a identidade revelada. Os oficiais trabalham com a hipótese de que o suspeito seja morador da região onde a moto foi encontrada.”
 
Essa paródia me fez lembrar uma piada muito contada no Amazonas, que diz mais ou menos assim: “uma pessoa que acabara de ser assaltada e lhe tomaram a motocicleta entra na delegacia e fala para o delegado: doutor, um paraense acaba de roubar minha moto! O delegado por ser de Santarém, terra de belezas únicas do Estado do Pará, toma as dores pelo povo paraense e pergunta de volta para o queixoso: e como você tem tanta certeza que o ladrão era paraense? O recém assaltado responde: porque ele disse assim: ei rapaz é um assalto e desça já dessa motinha. Sem saída, o delegado teve que concordar que de fato era um paraense, aquele sotaque é inconfundível.”