O fiasco de um país inteiro na Copa de 2014

O palco foi armado e o circo montado. A farsa acabou. A copa do mundo em fim deu o seu último suspiro e junto com ela, a seleção pentacampeã mundial naufragou rio a baixo, como o Titanic em tempos de Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Mas vamos deixar o cinema de lado e ir ao que interessa.

Pois bem meu povo, aquilo que parecia ser um sonho, acabou tornando-se um pesadelo, e não um pesadelo qualquer. “O pior dos pesadelos”, pois o que se esperava da seleção brasileira, não aconteceu, a frustração foi total, o desastre surreal e a participação anormal.

Tudo foi planejado com antecedência. Preparação, treinamento, concentração... Enfim, palavras ditas da boca do “professor Felipão”. O professor que ensaiou seus alunos, dando aula de primeiro mundo e esses comandados, que, diga-se de passagem, ganham um absurdo não honraram a tradicional camisa amarelinha.

O começo foi lindo, festa de abertura, estádio cheio, Cláudia Leite e seus amigos artistas ditando o ritmo, a diversidade cultural em pauta, enfim, tudo como manda o figurino. Embora eu, como admirador da “música popular brasileira”, preferiria artistas da terra, para, dessa forma, valorizar mais o nosso país. Mas tudo bem, a minha vontade não iria mudar a intenção deles mesmo!

Depois da esplêndida apresentação de gala, eis que se inicia a competição mais esperada dos últimos anos, a chamada por muitos de “Copa das copas”. Que lindo!

Vamos lá então: Primeiro jogo, estádio lotado, povo ofegante. Arena Corinthians. Palco da partida de estreia. Jogo contra a Croácia entusiasmo a flor da pele, empresas liberando seus funcionáros mais cedo, pois o dia 13 de junho de 2014, representava um marco na historia do país. Mesmo com aquele “friozinho na barriga”, ganhamos no sufoco, mais ganhamos. Ufa! Alívio. O primeiro desafio para o hexa foi superado, diziam todos.

Daí então nos preparamos para a segunda partida, dessa vez o adversário seria o México, nosso eterno freguês em outros tempos, eu disse “em outros tempos, porque dessa vez a “parada foi duríssima”. 0x0 e uma atuação espetacular de um tal de Bravo, goleiro mexicano. Pelo menos não perdemos, isso foi o mais importante.

Partimos então para o terceiro e último compromisso da primeira fase. O jogo agora seria contra a seleção Camaronesa, tínhamos a chance de ser primeiro do grupo, ou até segundo, dependendo de resultados. Foi o melhor jogo do Brasil até então. Fizemos 4 gols, mas mesmo assim, continuávamos jogando mal.

Tudo bem, passada a primeira fase, chegamos as oitavas de final e então enfrentamos outra seleção sul-americana, dessa vez o Chile, time difícil, bem postado, organizado, mas conseguimos ganhar nos pênaltis. Por falar nisso, nesse dia, meu coração quase saiu do peito de tanta adrenalina, mas passamos outra vez, novamente sem jogar bem.

Daí então passamos para as quartas de final e a adversaria dessa vez foi a seleção colombiana. Fizemos um fantástico primeiro temo, fazendo dois gols, mas caímos de produção no segundo tempo e tomamos um gol e, quase o empate. Ganhamos jogando mal outra vez. Se o povo estava desconfiado com o time, dessa vez ficou mais desconfiado ainda. Parece prever que o pior estava por vir e ele veio, veio bem no momento em que não se permitia perder mais, pois em caso de vitória chegaríamos à final. Não foi isso que aconteceu. Diante de uma Alemanha bem postada em campo, perdemos. Mais não foi uma derrota qualquer, foi simplesmente uma humilhação pra nos brasileiros, amantes do futebol, daquelas que jamais esqueceremos pelo resto de nossas vidas. Tomamos de 7, “EU FALEI DE 7”, isso mesmo que você está lendo agora, e isso porque a Alemanha literalmente “tirou o pé”, como se diz na gíria do futebol. Aí então acabou o sonho do hexa e junto com ele acabou também o amor do povo pela seleção. A catástrofe estava determinada e o mar de críticas passou a fazer parte do contexto diário da esfera jornalística e principalmente mundial.

Restava-nos agora torcer, para que pelo menos, o Brasil conquistasse o terceiro lugar para a humilhação não ser completa, mais foi. Fomos novamente goleados, não por 7 mas por 3x0 diante da Holanda. Aí o declínio foi total, se antes existia desconfiança, agora então...

Só restaram explicações para o inexplicável e o resultado foi o que todos esperavam, Felipão arrumou suas malas e foi demitido do cargo. Para a felicidade geral da nação!

Só nos resta agra esquecer as mágoas de 2014 e pôr em foco os ânimos renovados para 2018, falo isso no quesito seleção, pois, de uma forma geral, a copa foi muito bem organizada e a recepção do povo brasileiro foi de dar orgulho, pelo menos nisso fizemos bonito. A seleção e que não fez. Talvez na próxima copa tenhamos mais um pouquinho de vontade em querer vencer. Que a Alemanha seja nossa “inspiração diária” e que tantos os nossos atletas quanto os nossos torcedores e principalmente nossos dirigentes aprendam uma coisa: O futebol agora se tornou globalizado e diante disso aprendemos que o Brasil hoje em dia, e apenas uma seleção comum como qualquer outra e que o lema “País do futebol” ficou apenas no passado, supostamente na teoria arcaica. Que possamos agora renovar, revigorar, reavaliar e reaprender tudo outra vez, para assim transformarmos a teria em prática novamente, até porque a história é muito importante para um povo sim, mas é a realidade atual que constrói o respeito e a valorização de um país, como é o Brasil, país respeitado e valorizado na esfera futebolística.

Lucimário Xavier.

Lucimário Xavier
Enviado por Lucimário Xavier em 16/08/2014
Código do texto: T4924905
Classificação de conteúdo: seguro