O AMOR É A VONTADE DA NATUREZA.

Aprendi durante a maior parte da minha vida, que o coração não é leal, e sim volúvel, a mente, sim, é um cabedal de razão. Ela é contida, e nos conduz aos nossos direcionamentos, sempre com as avaliações mais experientes, já que não temos como dirigir o coração. Por isso, nos tornamos prematuramente obstinados ao conceito de seguir o que ele quer nos dizer, e por perceber que ele é composto por um suporte escasso de segurança, é que a denominamos de “Emocional”.

Em qualquer que seja a situação, por mais que tentemos, só vamos conseguir encontrar em nossa compreensão, uma direção que nos garante a conquista da nossa estabilidade e o nosso rumo. Ficamos, aos poucos, sendo colocados a uma nova medida do nosso Eu, que faz um resumo com os nossos pensamentos intuitivos, e essa voz misteriosa que insisti em se manifestar pensativo, sempre que nos sentimos sem prumo.

O mais admirável, é que sobrepujada a obstinação inicial, é louvável quando seguimos o que o nosso clamor se faz enunciar, o resultado será sempre algo que nos levara ao complacente, e manifestação de uma força latente, e por isso mais adequada para a nossa estabilidade. Assim, reconquistamos a confiança desse manancial de competência e erudição de profundidade, que certifica o caminho da nossa existência, e está permanente em tudo o que existe como consciência.

Agora é a hora que chegamos ao momento final de afirmação intuitiva, e aqueles que já avançaram no desenvolvimento dessa consciência expressiva, sabe que a Razão é a norma, o único instrumento apto a nos impelir terminantemente ao encontro de nosso verdadeiro “EU” em reforma.

O certo, é que podemos experimentar em primeiro lugar o uso da razão, seguido com o Amor, e finalmente com o coração. Quando seguimos nossa vida através da Razão, maquinamos ideias, opiniões e pensamentos... Embora ela seja muito substancial, - falo em relação dos nossos sonhos - ela promete muita atenção, mas, não pondera absolutamente nada pela dedução.

Já o Coração, esse desmantelado, e que não temos o comando pela nossa mente, é um tremendo impostor um desorientado, e tem uma grande capacidade de nos iludir discretamente, porque ele pode projetar, pode nos dar uma grande teoria, grandes desejos, e vai sempre dizer: "Amanhã vou fazer acontecer" e quase sempre, nunca faz objeção, é pura fantasia. Porque nada de produtivo acontece através do coração. Ali não é o lugar para fazer as coisas acontecerem, é só de utopia.

O Coração por ser considerado o centro do sentimento, pois só sentimos através do coração - isso mesmo quando não se está perto de alguém – e ainda não estando com esse alguém, mas sim apenas mais próximo. Quando sentimos, temos mais solidez. Talvez até haja a possibilidade de algo acontecer com sensatez. É certo e é compreensível, que se não há nenhuma possibilidade com a Razão, há uma pequena possibilidade com o coração, embora que sempre perigoso, na minha opinião.

E a coisa mais verdadeira ainda, não é o coração e nem a razão. A coisa mais real e mais profunda que ele, é o AMOR. Esse sim é o centro do nosso “EU”. E - pensar, Sentir e Ser – alimentando esses que são os nossos três centros de comando. Mas, indubitavelmente o Sentir, está mais adjacente do Ser, do que o pensar, pois funciona como uma maneira de agir.

Se quisermos descer da Razão, precisaremos passar pelo coração, e esse é o ponto de cruzamento aonde os sentimentos vão se dividir. Não se pode ir diretamente ao Ser, isso não é possível acontecer. Precisamos então, passar pelo coração. Sentir, fará com que se pense menos. E não procurar travar uma disputa contra os nossos pensamentos, porque pelejar contra os pensamentos, significa novamente, criar outros pensamentos de luta.

É melhor cantar em vez de pensar, procurar Amar, em vez de filosofar, ler uma poesia, em vez do jornal, admirar o natural. Mas, tudo o que se fizer, que seja feito através da razão. Agora quando sentir vontade de tocar em alguém, o toque deve ser feito com o coração, que vai deixar o nosso EU vibrar no além.

Quando olhar para uma pessoa, não olhemos à toa ou simplesmente com olhos duros como uma pedra angular. Permita sua energia transcender através desse olhar e, imediatamente, será possível sentir que alguma coisa está acontecendo dentro do coração. E isso é apenas, uma condição á experimentar.

O coração é também o centro mais negligenciador. Mas, quando começamos a prestar atenção nele como um sonhador, ele começa a funcionar - falo em sentido de sentimento mesmo – a vibração que estava maquinalmente indo para a mente, começa a se mover através dele. Pois o coração é inegavelmente leal, e quem está mais próximo do centro da energia sentimental.

E o âmago dessa energia está no Amor. Assim, fluir energia de sentimentos para a razão é, na verdade, um trabalho infecundo. Assim, há aquelas pessoas que fazem com que o seu Amor seja negligenciado, o sentimento é logo condenado, e quase sempre passam a acreditar que seja um pecado, sentir que ele é algo inexplorável e inexistente, ou um vagamundo.

Essas pessoas precisam ser mais inteligentes, instruídas, cultas, e incondicionadas, mas, não apenas isso, pois se elas param de sentir, elas se tornam quase secas, como um deserto, ou até uma invernada. Daí haver sofrimento e frustração, e são sempre por causa da direcionalidade à razão.

O Amor é à vontade da natureza que atua em nosso interior, e que trabalha sempre com o único objetivo de conduzir o destino das pessoas para um rumo correto. O seu trabalho em cada um de nós é para controlar o leme da mente, fazendo com que possamos ser diligente, e refletir a cerca de nós próprios, a fim de corrigir o desvio do nosso destino como ele se apresente.

Entender que a razão não pode comemorar nada, que não há nenhum festejo possível através da razão, pois ela pode apenas pensar sobre, sobre, e sobre, mas com ela nada pode ser comemorado ou festejado. Pois a verdadeira celebração, só pode acontecer através do Coração cheio de Amor.

É assim mesmo? Ou eu estou apenas em puro estado de utopia? Ou ainda, que eu pirei totalmente?

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 22/08/2014
Reeditado em 06/10/2017
Código do texto: T4932361
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