FORMAS E FÔRMAS

A busca pela aquisição de bens e valores efêmeros faz com que muitos se tornem implacáveis com pessoas e situações que ameacem seus objetivos. Registrou-se.

Contendas, trapaças e disputas são empreendidas no mundo business, na política, no mundo público e privado, onde o que prevalece é o lucro, acima de qualquer coisa. Registrou-se.

Jogadas e manipulações são exercidas para enganar e viciar, tanto o consumidor quanto o empreendedor, para que se venda ou se compre mais, fazendo com que ocorra disputa e dissensões. Registrou-se.

Quando a angústia surge em nosso caminho queremos sempre arrumar culpados para o que nos sucede. O que acontece, de fato, é que preferimos culpar alguém por nossas dores e arranjamos, assim, um pretexto para transferir a responsabilidade à alguém ou ao destino. Temos medo de nos enxergarmos e enfrentarmos os percalços. Derrotamos-nos interiormente e inteiramente, e com isso não conseguimos nos focalizar e perdemos o norte de nossos ideais, e muitas vezes ficamos em estado de choque, e em alguns casos ficamos traumatizados.

Todos nós temos nossos complexos, nossas dores, traumas e frustrações que travam o nosso desempenho em certas áreas. Essas experiências ficam gravadas em nós, obstruindo a energia do campo mental que deveria ser emanada e concentrada em algum ponto. Alguns desses traumas, que podem ser dificuldade de falar em público, frustração sexual ou timidez, dificuldade para se relacionar, medo do escuro, medo de dirigir, de cantar, de se dedicar a uma arte, de perder o emprego, de morrer, de sofrer um acidente, de morrer alguém da família, de adoecer, de sermos caridosos e tantos outros temores, fazem com que levemos uma vida ameaçada e infeliz.

Ao passarmos pelas experiências que nos facultam esses estados, elas ficam registradas em nosso perispírito e em nosso psiquismo, locais estes onde todas as impressões e sensações que o corpo se submete, ficam registradas.

O perispírito é o envoltório fluídico, semimaterial que serve de elo de ligação entre a alma e o corpo. É o intermediário de todas as sensações que o espírito recebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo. Ele é o molde ou arcabouço do corpo físico através do qual o espírito, enquanto agente molecular irá comandar fluidicamente as células que se condensam no corpo carnal. Efetivamente, é o perispírito que torna o espírito sensível ao mundo natural, agindo e reagindo ao ambiente. Ao mesmo tempo, tudo o que o espírito percebe e vivencia, o perispírito registra em si mesmo, como um arquivo quer mantém todas as vivências do passado. O espírito o utiliza de acordo com suas necessidades evolutivas com o fim de formar seu corpo de manifestação e de atuação sobre a matéria. Concluindo, ele é como uma camada que envolve o espírito, sendo o modelador de nosso corpo físico e registra todas as impressões que o corpo material recebe. É o que o apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV, 44). É chamado de MOB (Modelo Organizador Biológico).

Somos trinos: Espírito, Perispírito e Corpo. O corpo é a massa, o perispírito é a fôrma e o espírito é o fogo, a energia que, através do perispírito, modela o corpo físico. Como nele, no perispírito, estão gravadas experiências de todas as ordens, essas experiências são como uma saliência. Quando, então, o espírito vai emitir sua energia através do perispírito para formar o corpo, com a matéria contida no esperma do homem e no óvulo da mulher, aquele corpo sairá de acordo com as “marcas” que estiverem nesse perispírito. A forma é resultante do formato da fôrma. Um corpo são é o resultado de um espírito (energia) e perispírito( fôrma) sãos. O que o corpo faz ou sente, ele transmite ao perispírito. Este, por sua vez transmite ao campo consciencial do espírito essas impressões. Espírito e perispírito ficam marcados, e o corpo sorve estas marcas ao realizar o processo reencarnatório. Mas vejamos bem. Se o espírito se propõe a trabalhar e operar no bem, essas marcas e distúrbios poderão ser apagados pelo trabalho feito com amor. Não há nada irrevogável. A forma com a qual vamos compensar nossas falhas depende de nosso querer. A dor será a solução quando a felonia e a rebeldia persistirem.

Se o espírito tiver tido uma vida desregrada, e que enquanto encarnado feriu, mutilou, matou, usou sua inteligência de forma errônea, em seu psiquismo e em seu perispírito estão registradas todas essas impressões. É por isso que crianças nascem fisicamente deficientes, com problemas mentais, dificuldade de aprender, traumas diversos, pois espírito e perispírito modelam o corpo biológico de acordo com o que “guardam” em si. Alguns desses traumas se manifestam e ocorrem na fase adulta.

Filhos não pagam por erros e pecados de pais. A cada um de nós será dado de acordo com o nosso merecimento, mas isso não quer dizer que as pessoas consideradas deficientes devam ser esnobadas e que devamos dizer “bem feito”, pois são filhos de Deus que precisam do carinho de seus pais e da compreensão da sociedade, para que possam se regenerar e redimir perante as Leis Divinas, imutáveis. E além do mais, todos nós temos nossas deficiências em algum ponto. Daí, concluímos que todos nós temos nossas limitações, sejam elas de cunho físico ou espiritual, mas relembrando aqui que o físico só retrata o que guardam o perispírito e o espírito: Agressividade, impaciência, intolerância, arrogância, vaidade, orgulho, soberbia, soberania, comodismo, egoísmo, megalomania, preguiça, fanatismo, indiferença, e demais traços que marcam nossa personalidade. Plasmamos nem nossos corpos materiais o que causamos a nós e aos outros.

Ao passarmos por nossas expiações e sermos educados com carinho e limites, aos poucos essas manchas vão se apagando. Não devemos ser tratados com dó, pois dó não se deve ter, mas compaixão, porque compaixão é ver a situação e procurar fazer algo, ao passo que ter dó ou pena é ficar apenas no “coitado” e ninguém é coitadinho, mas todos precisam ser auxiliados.

E alguns daqueles que são considerados deficientes físicos pelo CID (Classificação Internacional das doenças), quando na realidade são portadores de certas limitações, fazem coisas que muitos de nós não fazemos, como pinturas com os pés ou com a boca, têm habilidade em práticas esportivas ou escrevem poemas e belos textos. Aqueles que vêm com uma anomalia mais evidente são seres que precisam de cuidados especiais e seus pais também o são, porque Deus os coloca sob os cuidados de determinadas pessoas porque têm a capacidade e o dever de cuidar deles; têm muito afeto para lhes dar, desde que queiram.

A libertação dos traumas e limitações vem com a expiação reencarnatória, que limpa as nódoas do perispírito e elimina a culpa do psiquismo. Mas tem como superá-los? Não há um trauma ou limitação que não possa ser superado. Todos podem e serão vencidos, independente de cor, sexo, origem, credo religioso e raça.

Primeiro: Paremos de culpar os outros por nossas infelicidades.

Segundo: Entremos em oração, não importa se é diante de uma imagem, em um quarto, na cozinha ou na igreja. Não importa se é uma reza

decorada ou uma prece espontânea. O importante é que seja sincera.

Terceiro: Enfrentemos nossos medos, pois se não os vencermos eles nos dominarão e nos vencerão.

Quarto: Assumamo-nos como realmente somos e percamos o medo de errar. Na verdade, nesses erros estão oportunidades de descobrirmos o que é certo.

Quinto: Nunca pensemos que é tarde demais, que estamos velhos demais, que não vamos conseguir, que o mundo inteiro estará contra e que as pessoas vão rir de nós. Nunca é tarde para recomeçar. Não ficamos velhos, mas experientes. Vamos, sim, conseguir. O mundo não está contra nós. Nós é que nos rebelamos contra nós mesmos, e aqueles que riem de nós hoje, amanhã alguém rirá deles; aqueles que hoje vaiam serão aqueles que amanhã reconhecerão a grandeza de alguém.

Quando nos dedicamos aos atos que trazem dor e infelicidade aos outros, seremos vítimas deles, antes que o galo cante.

Quando nos empenhamos no trabalho edificante, o retorno se fará presente quando mais precisarmos. Dediquemo-nos às causas nobres e teremos a Justiça Divina como nossa advogada, defensora e juíza que julga a todos sem se vender e sem se corromper.

As coisas da Terra passarão, inevitavelmente. E após ocorrer nossa decadência material ou nossa decepção com as perdas por termos nos focado apenas nas coisas terrenas, ficamos a nos lamuriar e a nos debater. Somos removidos de nosso centro de equilíbrio, ainda instável, pela colisão das energias insalubres e situações e algo inesperado se dá: Praticamos atos, os quais amarguramos posteriormente, e nesses momentos, se não pararmos, vigiarmos e orarmos, agiremos descontroladamente e despertaremos em nós e nos outros a fera adormecida de nossas memórias pretéritas, onde o instinto sobrepuja a razão. Depois de acontecer, deixamos transparecer em nossos olhos o arrependimento por termos feito algo e sentimos saudade daquilo que tínhamos ou do estado em que nos encontrávamos. Pensemos bem antes de tomarmos determinada atitude. Não deixemos que a fúria nos domine e nos aniquile.

Por tudo isso que, passar revista sobre nossas ações, é primordial para sabermos quem fomos, o que somos e quem poderemos ser. E a melhor maneira de sabermos como estamos indo é através da seguinte proposta: Se hoje eu me despedisse da Terra, o que apresentaria do outro lado da vida? Se Jesus me chamasse hoje para sentar em um banco ao lado dele, o que será que eu diria? Eu tentaria olhar em seus olhos, mas não sei se suportaria o brilho deles. Ali, seria o momento de rever tudo o que fiz, falei, pensei, causei e vivenciei. Era chegada a hora, a vez de avaliar e escolher uma forma de reparar minhas faltas. E diante dele, não há como esconder a verdade. Ninguém consegue, porque Ele pode ler o mais íntimo de nossos sentimentos e intenções. O julgamento feito pelas leis divinas é aquele baseado não no que dizemos, mas no que fazemos. Eu posso ter falado nele, tê-lo admirado, gritado o nome dele, mas será que andei como Ele andou? Ele pediu para que eu não matasse e nem roubasse. Será que fiz isso? Talvez eu não tenha matado e roubado do modo que julgo o que seja um roubo e um assassinato, mas e as vezes que matei a esperança no coração de alguém, dizendo que ele estava errado, criticando maldosamente o que estava fazendo. Quando menti para que minha verdade prevalecesse? E Quando matei o sonho de alguém, colocando esse sonho como impossível de se realizar ou como algo sem importância? E quando deixo comida desperdiçar em minha casa, deixando outras pessoas morrerem de fome? E quando dizemos que fulano, sicrano fez ou faz algo sem termos a certeza disso?

Quando roubo o trabalho de alguém, tendo dois, três ou mais empregos, quando apenas um supriria todas as minhas necessidades básicas, não é um roubo? Quando furto a liberdade e o tempo de alguém, achando que ele deve estar sempre por minha conta? Quando uso minha religião para forçar os fiéis a dar dízimos exorbitantes, usando o nome de Deus para isso, qual é o nome desse ato? E como estão nossos guarda-roupas? Compramos sapatos, roupas para alimentar uma compulsividade, deixando que elas estraguem, sem ter a coragem de doar para quem sente frio sob uma marquise ou debaixo de uma ponte.

Deus concede a cada um, de acordo com sua busca e esforço, inteligência. E o que estamos fazendo com ela? Estamos construindo armas nucleares ou vacinas contra doenças? Estamos curando os enfermos ou nos aproveitando da situação para lucrar em cima da dor e das doenças, vendendo planos de saúde e medicamentos a preços astronômicos, ou negando atendimento médico pelo fato da pessoa não ter dinheiro para pagar uma consulta ou exame?

Usamos nossa capacidade para criar armas com um alto poder de fogo, e enquanto isso, milhares morrem nas filas de hospitais e prontos socorros, e muitos vivem em favelas, sem direito a saneamento básico e acesso à educação.

O avião encurtou distâncias, aproximou nações, mas nem todos têm poder aquisitivo para embarcar em um voo. Seria melhor o avião não ter sido inventado, então? Óbvio que não.

As Bombas de Hiroshima e Nagasaki e o ataque ao World Trade Center são falhas de mentes e corações mal trabalhados. É o resultado da opressão, da revolta, falta de compaixão e de altruísmo.

E quanto à nossa terra, o que estamos fazendo dela? Instrumento de lucro, depósito de lixo, lugar de despejo de dejetos contaminados, desmatamentos, desperdício de água...

Nossos ancestrais, os ameríndios, as tribos indígenas e todos aqueles que nos antecederam e tiveram respeito com a Mãe Natureza estão preocupados com o que estamos fazendo, e estão voltando, junto com aqueles que não amaram essa terra para reverter essa situação. Uns vem por amor, outros por obrigação. Somos chamados de civilização, mas vamos observar mais os animais para aprendermos com eles sobre valorizar a natureza e vivermos junto dela, sem destruí-la.

Quando deixarmos de ser profanos, monstros covardes, deixaremos

de ser um grão de areia para sermos colaboradores, mais fortes, de Deus.

O ouro é temporário. O dinheiro apenas passa por nossas mãos, não somos donos dele. É empréstimo do Pai.

Dois Mil Anos

Uma nova luz no céu brilhou

E um novo tempo começou,

Todos esperavam esse amanhecer.

E o mundo se encheu de paz,

E a guerra não existe mais,

E agora posso abraçar você!

Todo o ódio foi, então, extinto,

O amor é tudo que eu sinto,

E só ele é capaz de transformar.

Tenha fé em Deus, ame muito a vida,

Todo sofrimento tem uma saída,

Deixe a esperança, agora, te encontrar.

E um anjo veio me falar

Que a Deus eu precisava amar

E que o próximo eu preciso querer bem...

Dois mil anos se passaram, então,

Hoje vejo que ele tem razão

Por ter perdoado e não julgar ninguém.

Todo o ódio foi, então, extinto,

O amor é tudo que eu sinto,

E só ele é capaz de transformar.

Tenha fé em Deus, ame muito a vida,

Todo sofrimento tem uma saída,

Deixe a esperança, agora, te encontrar.

Jesus não está à venda. Ele está nos esperando, de braços abertos, para uma conversa que teremos, inevitavelmente, um dia, com Ele. Façamos o possível para que essa conversa seja produtiva. Ela pode ser agora. Pense no que você tem feito, o que está pensando em fazer, e peça a Ele para lhe inspirar a tomar a decisão certa. Se assim não fizermos, estaremos destruindo vidas, matando, roubando, transgredindo todas as Leis Santas exemplificadas pelo Mestre. E o julgamento a ser feito, por nossa própria consciência, será avaliado por Ele. Ele não nos condenará, mas teremos que aprender a amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Agindo de acordo com o que o Mestre Divino nos recomendou, essa conversa com ele poderá terminar em lágrimas de emoção ou de decepção, mas de qualquer forma ela será produtiva, já que estar com Jesus representa aprendizado e renovação. E mesmo que não queiramos, Jesus estará conosco, por amor à nós. A prova disso é quando Ele afirma, como nos narra o Evangelho de Mateus, Capítulo 28, versículo 20, dizendo: " Eu estarei com vocês até o final dos tempos.