Quem não tem pecados?

“Quem não tem pecados, que atire a primeira pedra!”

Já ouvi esse texto bíblico diversas vezes e talvez não tenha dado a importância que ele merece.

A verdade é que falar sobre nossas culpas e medos causa um enorme desconforto, até porque o pavor de sermos julgado toma uma dimensão enorme na nossa vida. Isso porque não é simples se colocar no lugar do outro e imaginar o que pode estar acontecendo. Muitas pessoas nem querem. São indiferentes ao sofrimento humano e ponto final.

Na verdade, somos todos muito egoístas, queremos compreensão, carinho, amizade, perdão e tantas outras coisas, mas, no entanto, nem sempre temos essas coisas para oferecer. Exigimos confiança, mas como é difícil confiar totalmente. Levamos anos construindo algo que pode ser chamado de confiança, no entanto, basta um sopro para levá-la embora. Como somos frágeis...

Vivemos em busca da perfeição, mas existe alguém perfeito? Até o momento não conheço uma pessoa sequer. Por que então insistimos em julgar e condenar, se somos feitos da mesma matéria, o pó?

Julgamos com tanta facilidade e proferimos palavras sem pensar. Ah! Como essas palavras doem. São mais fortes do que uma bala, pois invadem o corpo e penetram a alma, causando uma ferida enorme.

Perdemos mais tempo remoendo as lembranças ruins do que cultivando as coisas boas que vivemos ou que poderemos viver. Perdemos horas, dias e anos de felicidade por causa disso. Simplesmente porque perdoar não é uma dádiva humana.

Já pensou se Deus fosse assim? Não haveria um ser vivente na terra.

Creio que Jesus Cristo não veio ao mundo para os que se dizem “santos”, ele veio para ajudar pessoas como eu, como você, que assumem os erros e pede perdão. E não adianta muitos religiosos pregarem a imagem de um Deus severo, que apenas condena e destrói os pecadores. O Deus que acredito não é assim. Ele vê os meus erros e não me condena, Ele simplesmente me dá uma, duas, três... Infinitas chances de ser melhor. Pena que nós, seres humanos, não somos assim.

JÔSE BARBOSA
Enviado por JÔSE BARBOSA em 26/08/2014
Reeditado em 15/03/2015
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