Simplicidade - "Cismas de um caboclo"
Sentado sob uma tora de madeira, com seu nó, (como um olho partido ao meio), servindo bem como banco. Rumina o caboclo: Será que chove?
Varre com seus olhos semicerrados, o milharal de um lado e do outro,o mandiocal. No meio, espremida, uma estreita e longa estrada de fino pó vermelho, sim...ele acha ser vermelho.
Certeza, só de sua teimosia impregnada em suas surradas botinas.
Cisma o caboclo: Será que chove? Como pedir muito para um e pouco para outro? Milharal... Mandiocal...
__ "Só se o céu partisse no meio! Quá, Acho que o sol queimô meus miolo"! Falou o caboclo consigo mesmo.
De repente, se vê sorrindo, cigarro apagado no canto da boca. Ele, então, bate suas cinzas no canto da unha, busca a binga,risca; Brasa, fumaça, cinzas... Cismas.
O cigarro finalmente acaba, ele se levanta,os primeiros pingos caem. Ele entra, descansa o velho chapéu na porta de tramela.
__ Seja o que Deus quisé!