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A INAÇÃO DOS MILITARES
 
O país caminha para além do fundo do poço, seja na economia, na educação, na segurança, na saúde, na sua própria moral. Estamos indo para tão fundo que de lá será difícil emergir a curto e médio prazo. Desnecessário entrar em detalhes das causas desse fato, pois as notícias pipocam por aí e as redes sociais não dão trégua nas informações.
 
Esta certamente é a causa principal (se não a única) pela qual estamos ouvindo cada vez com mais intensidade o clamor de muitos por uma nova intervenção militar. E esses ficam inconformados por não verem nenhum movimento por parte dos militares para intervir nesse estado lastimável de fatos cada vez mais obscuros, principalmente no campo da corrupção deslavada (ver caso Petrobrás).
 
Em vista disso decidi escrever este texto que tem como base um documento de autoria do Coronel da Reserva, Sérgio Augusto Pinto de Campos. O referido texto já está na internet, chama-se “O que dizer diante dos fatos?” e está publicado no site Resenha Militar, portanto é de domínio público.
 
Minha ideia inicial era publicar o texto do coronel na íntegra, mas como o mesmo causou polêmica dentro dos próprios círculos militares, optei por não fazê-lo.
 
Aqui no Brasil, todos (civis e militares) conceituam as Forças Armadas como o “xerife” da Nação. Acontece que não é bem assim e uma intervenção militar é algo que não pode ser banalizada e nem feita a todo instante como se fosse um joguinho qualquer.
 
“Os civis elegeram LULA e o reelegeram. Não satisfeitos, elegeram Dilma. Portanto, venho pedir que não se coloque o pedido para que as Forças Armadas resolvam o que os civis fizeram e agora terão que resolver”, diz o texto.
 
E aí é que está o “X” da questão. Já que dizem estarmos numa democracia (sic), quem elege nossos “nobres” governantes somos nós, o povo. Só que estamos há pelo menos doze anos fazendo burradas nas eleições (de vereador a presidente da República), elegendo e reelegendo os mesmos mentirosos, hipócritas e corruptos que levaram o país ao caos. E aqui um outro “X” que teimo em pensar. Quem, em sã consciência, acredita nesses novos candidatos que impõem como lema principal “a força do novo”. Na cidade onde moro existem candidatos jovens que fixam seus malditos cavaletes de propaganda eleitoral em locais proibidos pelo TSE. Se já ignoram a lei antes mesmo de se elegerem, imaginem do que serão capazes se forem eleitos. Impressionante como essa gente não se renova.
 
Quem tem que fazer algo no sentido de mudanças imediatas somos nós que vivemos insistindo nas besteiras e não as Forças Armadas que estão aqui para defender a Pátria e não para corrigir os erros que nós, civis, cometemos. O que, evidentemente, não impede que façam algo para que seja mantida ou reconstituída a integridade do Brasil.
 
Nos dias de hoje as pessoas acreditam que tudo pode, nosso país virou uma bagunça sem precedentes, não temos mais disciplina em lugar algum (salvo nos meios militares), não temos a mínima segurança nem para uma simples caminhada, para uma simples ida ao shopping, não temos educação e nas escolas virou fato comum aluno agredir professor e não acontecer nada. A bandidagem está muitíssimo melhor aparelhada em termos bélicos do que a nossa polícia que, em muitos locais, ainda usa um ultrapassado “trêsoitão”. O país está acabado, mas a maior parte das pessoas não se apercebe disso e continua na sua alienação total, preocupando-se com bobagens sem precedentes, como as fofocas dos “famosos”, a novela das nove, nossos horrendos jogos de futebol e afins.
 
Está mais do que na hora de darmos fim a tantas burradas que fizemos.

 
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