Pequenas histórias 54

Desmontam a estrutura

Desmontam a estrutura das festividades do passado reinando no presente o dia-a-dia corriqueiro. Soaram os sinos foguetórios de risos alegres despejando no velho as velhas esperanças abraçando o novo em esperanças novas. A noite se iluminou espocando brilhos em todas as direções. Gritos de vivas elevaram-se nos quatro cantos do país emborcando champanhes em saltos de ondas e comilança de lentilhas e outras previsões orando para que sejam concretizadas.

Desmontam a estrutura das festividades encravando na pele as rotinas burguesas onde os aflitos caem na realidade da terrível sobrevivência de carnês e dividas para vencer ou vencidas. Sempre o dia se abre em glorioso sorriso amarelado pelo sol que poucos observam. A sensibilidade não é para todos. A maioria são trabalhadores insensíveis aos devaneios da natureza. Não são poetas, pois poetas se alimentam do abstrato que os consomem em palavras nem sempre compreendidas.

pastorelli

Pastorelli
Enviado por Pastorelli em 22/09/2014
Código do texto: T4971546
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