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Eu queria ser um tardígrado
 
Não sei se você já ouviu falar deles, os tardígrados. São uns capetas. Na verdade, uns capetinhas, pois medem apenas de 0,05 a 1,25mm. São chamados familiarmente de ursos d’água ou leitões do musgo. Resistem a tudo. Não possuem sistema circulatório e nem aparelho respiratório. Podem viver em qualquer lugar do planeta: no fundo oceânico ou no alto do Himalaia. Pelo menos 300 espécies vivem no Ártico e na Antártica, e 115 espécies foram catalogadas na Groenlândia. São capazes de resistir aos raios cósmicos, a radiação ultravioleta e a falta de oxigênio. Foram enviados ao espaço para teste e resistiram a raios ultravioletas que são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Podem viver cerca de 120 anos, o que é um absurdo para animais desse tamanho. Conseguem “desligar” seu metabolismo para se proteger de condições extremamente adversas e têm a incrível capacidade de “consertar” e recuperar seu DNA, no caso de serem danificados por radiação. Aguentam mais de 75 mil atmosferas, o que é dezenas de vezes mais do que aguentam animais que vivem em regiões abissais do oceano. Aguentam calor duas vezes superior ao de uma chaleira com água fervendo. Álcool etílico a 96º ou éter, eles simplesmente ignoram.
 
Queria ser um tardígrado, conseguir sobreviver a tudo isso. Pena que eles não pensem, não raciocinem. Ou será que...? 
 
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Lançamento (contos de ficção científica):
 
Histórias do futuro    ($ 3.99 - e book)
 
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 24/09/2014
Código do texto: T4974434
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