PELA FRENTE APENAS O DESCONHECIDO

Por que a culpa? Tudo que deixou morrer insiste em dizer que foi nos velhos bons tempos, onde tudo era permitido e o julgamento vinha apenas depois dos atos, quando vinham. Por que o medo? A noite não é mais tão escura e os fantasmas que esperavam na saída e entrada da escola para a surra, e o furto rápido, descobriram que a violência física e psicológica, não são tão eficazes quanto as táticas de venda, para se transformarem em reis do pedaço. Por que o caminho percorrido ainda é tão atraente? Essa necessidade absurda e estranha de rever a própria falha, de ver o replay do próprio susto e o resgatar para inserir no universo alheio, e depois ainda rir do cachorro no quintal, imaginando como o bicho pode ser tão burro correndo atrás do próprio rabo. Esse mundo que gira e gira e não sai do lugar, que em tantas voltas permanece imóvel no universo, e ainda assim tão incompreendido. Os ciclos se renovam e o pensamento, ao contrário de ser incentivado, ainda é considerado letal para a segurança, ainda é combatido nas escolas onde se ensinam padrões em todas as disciplinas, ainda é difamado em uma sociedade que tem pavor de mudanças e onde tentam desesperadamente transformá-lo em característica de comportamento subversivo e delinqüente por parte daqueles que tentam mostrar um lado desconhecido e novo para muitos de nós, mas a classe do conforto nunca entende, e ainda tenta transformar em insanidade qualquer espécie de questionamento que não vá de encontro aos seus interesses. Círculos quase sempre são imperfeitos, por vezes é preciso rompê-los. Seguir em frente pode não ser um bom negócio, mas é sempre revelador.