A SEMENTE E O FERMENTO

Não há como pensar na expressão Reino de Deus, sem nos lembrar da parábola da semente e do fermento. A semente, minúscula, inexpressiva, lançada em terra boa faz nascer uma árvore cujos galhos fazem sombra que serve ao descanso do lavrador e também para abrigo de pássaros. Grande planta. Não se veja em todo o processo, pressa e nem passividade. Tudo é bastante dinâmico, de uma vitalidade crescente.

Sob o impulso do fermento, a massa cresce, desenvolve-se até chegar ao ponto desejado pela cozinheira. Tudo no seu devido tempo, sem pressa também. Nada se faz num repente.

Em ambas as situações o tempo faz-se importante. Os olhos não enxergam. Desaparece a semente na terra e o fermento na massa. A força vital que carregam em si atua. Sem estardalhaço, no silêncio fecundo de suas existências, o crescimento acontece. Pronto! Da semente aparentemente falecida, desaparecida, germina e brota a plantinha. No início, tenra, depois, contínuo crescimento até a idade e tamanho adultos. Confunde-se o fermento com a farinha, parece perder a identidade. No entanto, a massa acusa o efeito do fermento e aos poucos cresce. Presentes mistério de vida e aparência de morte.

O Reino de Deus encontra explicação na parábola da semente e do fermento. Pequeno no início, alimentado pelas ações de boa vontade, transforma e produz frutos, no tempo certo! É certo o esplendor do resultado!

Outra ideia suscitada: cada um de nós, na simplicidade, na humildade, apequenando-se qual semente na terra boa ou misturando-se qual fermento na massa, podemos ser instrumento de vitalidade, força e crescimento para a construção do Reino de Deus. Do Reino presente, aqui e agora, que está ao alcance da nossa capacidade de servir e amar. Sem reservas.

IRINEU UEBARA
Enviado por IRINEU UEBARA em 01/10/2014
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