Exagero sem fim

Sinto-me Cazuza. É, ele mesmo. Exagerado! Quase nunca consigo controlar meus exageros. Se pode ser muito, pra que ser pouco? Se eu posso amar com toda a minha alma, células e coração, pra que serei dona de um amor "meia-boca"? Quero tudo, ou nada. "Você quer? - Ah, mais ou menos." Ou quer, ou não quer. Ou ama, ou não ama. Ou é feliz, ou não é. Meios termos são nauseantes, meu amigo.

Sei que meu jeito 8 ou 80 pode ser prejudicial, às vezes. Ô SE SEI! Ou eu tô muito perto, ou me afasto demais. Ou eu me preocupo, ou nem lembro mais o nome. Anseio por equilíbrio - é sério - sou exagerada, mas, não louca. Entendo que exageros cansam, principalmente, os outros. - ora essa, que culpa tenho se pareço ter o sangue da Tati Bernardi correndo em minhas veias?

Preciso de uma dose diária de equilíbrio, só uma dose. Pessoas equilibradas demais também são nauseantes, pra mim ao menos. Tá vendo? Ou você é muito equilibrado, ou pouco. Prefiro o pouco, junto com um pouco das demais qualidades. Ou não. Estou meio confusa hoje, não me xinguem. Só me entendam. Por favor, me entendam! Não sou tão incomum, só pouco compreendida, às vezes. Fico longos minutos tentando finalizar um texto.

Por que ele tem de ter um fim? A vida continua em frente, não acaba aqui na última linha, ou em um ponto final.

Mas, cá pra nós, seria estranho se esse texto terminasse, do nada, assim?

Amanda K Abreu
Enviado por Amanda K Abreu em 07/10/2014
Reeditado em 07/10/2014
Código do texto: T4990335
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