Quanta coisa estranha acontecendo...

O Banco Santander, recentemente, protestou contra o Governo Dilma Rousseff, alegando que se o PT ganhar as eleições isso será ruim para a Economia do Brasil. Seria o fim. Por que será que uma instituição como essa, somando os lucros importantes nos últimos semestres, diria uma coisa com esse conteúdo catastrófico? Afinal, quem mais lucrou com a Economia brasileira nos últimos anos foram, justamente, as instituições bancárias. Isso é fato! Alguma coisa há por trás desse vômito acusatório inesperado daquele banco.

Se eu pudesse, juro, poria no Sistema de Governo brasileiro as coisas boas do Socialismo, como o planejamento, por exemplo, ao lado das coisas boas do capitalismo, a concorrência entre mercados, onde se produz melhor e mais barato e a sociedade consumidora lucra. E ninguém se engane: a China já faz isso há anos. Cuba é que ficou estagnada para trás, abandonada pela Rússia e brecada pelos Estados Unidos da América. Ela, realmente, nem querendo pode fazer. Democracia e Socialismo são duas coisas maravilhosas.

Nossa Economia acaba de exibir um quadro quase catastrófico. Tivemos um julho negro para a produção e vendas de carros novos. Inflação em alta e obrigando o Banco Central a modificar os níveis limites para a inflação anual de dois mil e quatorze. O consumo caiu e os bancos privados continuam a emprestar dinheiro para os brasileiros com juros em patamares elevadíssimos. Juro de cheque especial é caso de polícia. O nível de empregos em baixa e o número de desempregados começando a revelar aumentos. O PIB já foi apelidado de pibinho. Economia pífia demonstrando que o país está quase parado.

Uma cidade do porte de São Paulo submetida ao apagão hídrico. Diria que grande parte do Estado de São Paulo e não apenas a capital. Isso tudo acontece meio a recentes apagões de energia que o Governo insiste em falar que está tudo bem com a geração e a distribuição de energia. E como se não bastasse, a imprensa divulga a safadeza dos gabaritos das respostas para membros da Petrobras se darem bem com as perguntas formuladas pelos parlamentares do governo na CPI da Petrobras. O Presidente do Senado, o Senador Renan Calheiros prometeu ir a fundo para esclarecer esse vazamento de informações referente a perguntas e respostas truncadas, tecidas no seio do governo por membros da Petrobras e parlamentares. Uma coisa vergonhosa.

Deveria ser proibido a Presidente Dilma ser filmada e publicada suas filmagens inaugurando obras do Governo. A meu ver isso é propaganda eleitoral. Fica passando a imagem de que o país é um grande canteiro de obras e que tudo vai bem. Seria justo, se todos os outros candidatos à Presidência da República pudessem estar com ela ao mesmo tempo. Uma luta de igual para igual. Mas não, apenas ela aparece, bem vestida e bem maquiada, em franca campanha eleitoral.

A verdade é que de Norte a Sul o PT está dando sinais de enfraquecimento. É só se observar o resultado das pesquisa. Em São Paulo, maior reduto eleitoral do PT, o candidato a governador, o famoso Padilha, inimigo dos médicos brasileiros, está na lanterna dos afogados, sem votos e sem prestígio. O Governador Alckmin voa à frente dos demais candidatos, mostrando que se as eleições fossem hoje, ganharia com folga em relação aos outros candidatos. O PT demostra seu 7X1 em sua política interna, o que reflete drasticamente em seus candidatos. A Presidenta Dilma continua despencando.

Recentemente ouvi uma certa fofoca que me deixou de orelha em pé. Disseram-me que o PT já se prepara para, em Dilma virar o mês de agosto em baixa eleitoral, ela renunciaria à disputa e em seu lugar entraria o ex Presidente Lula. Seria o caos. Um retrocesso. O lugar que há na atualidade é para um Brasil novo e diferente. Temos que mudar esse quadro político que aí está, demonstrando que ele tem bases fracas para dar a sustentabilidade desenvolvimentista que o país merece e precisa.

Chegou a hora da Economia brasileira deixar de ser uma mera exportadora de ferro e soja para a China e agregar valores a esses produtos e vendê-los com preços diferentes. É tempo de exportarmos produtos industrializados, e outros, com altas tecnologias. Já apontamos nesse rumo com a EMBRAER. Falta muito ainda. Muito mesmo.

Devemos fomentar que as decisões políticas brasileiras ganhem o campo municipal e deixem de depender tanto do centralismo de Brasília. O prefeito, os empresários locais e os produtores se juntem e decidam que tipo de vida desejam para seus cidadãos. Desse jeito o país colherá maiores e melhores frutos. As instituições bancárias precisam entender que o crédito mais fiel é aquele que é fornecido a juros baixos e voltados para a produção nacional. O governo brasileiro precisa arranjar meios de não subtrair da sociedade esses rios de reais para pagar os altos juros bancários. Poupamos, ganhamos uma mísera quantidade de dinheiro, enquanto os bancos ficam com a maior parte, que o generoso governo lhes fornece. Esse ralo é maligno!

Há mesmo muitas coisas estranhas acontecendo no Brasil que precisam ser aparadas e outras eliminadas de uma vez para sempre da Economia. Em outubro isso pode começar a ser mudado. Lembrem-se do voto, a maior e mais poderosa arma que dispomos. Muito embora eu ainda receio de que essas tais urnas eletrônicas possam nos render grande desastre eleitoral. Tomara que esteja enganado. Mas a verdade é que os países modernos ainda não quiseram mudar o velho hábito de votar! Por que será?