Ao abnegado mestre
 
Escrever sobre a devoção do professor no nosso país, não é tão simples assim. A sua condição como profissional do ensinar, hoje já não significa transmitir o saber, uma vez que a massa receptora quase sempre não adere a proposta do conhecimento.

Hoje não mais existe a admiração e o respeito por esse sacerdócio, como também pelo abnegado professor.

Uma sociedade aonde os próprios pais não se fazem respeitar pelos filhos, tão pouco esses respeitam aos filhos, o que esperar desses com relação aos mestres? Muito pouco, enquanto a nau do conhecimento segue sem rumo.

Vivemos o momento da disputa eleitoral pelos votos do cidadão brasileiro. Os candidatos prometem que vão fazer isso e aquilo, que vão aperfeiçoar a grade curricular do ensino, vão investir no aperfeiçoamento dos professores, vão adequar o ambiente do ensino, vão valorizar a carreira do professor etc. Quantas mentiras são ditas durante o pleito eleitoreiro. Não interessa aos mandatários do nosso país o saber, o conhecimento. A um povo instruído é bem mais difícil de enganar.

Estes já prometeram em outras eleições. Fizeram alguma coisa? Não. Por que não fizeram? Responda você mesmo.

Nossos jovens e nossas crianças, crescem dentro desse contraditório, desse mar de corrupções, das apropriações indébitas do erário público; convivem com a mentira e o abandono em seus próprios lares, quando não nas ruas. Qual o futuro dessas gerações agonizantes?

Não, o mestre não é feito de aço. Ele é de carne e osso como todos os mortais que somos. O único Mestre milagreiro, chamou-se Jesus, mesmo assim o crucificaram.

O mestre de hoje, necessita de moradia, alimentação para o corpo e a alma, locomover-se para as diversas unidades de ensino, sem tempo, trôpego, na busca de ganhar o insuficiente para manter a sua família. É sim, o professor também tem família.

São os professores quem constroem as múltiplas profissões no Brasil e no mundo, tais como: medicina, engenharia, economia, administração, enfermagem, astronomia, o próprio magistério, entre outras tantas profissões dignas de aplausos e que servem para desenvolver e mudar as condições sociais, tecnológicas e humanas do nosso país.

Infelizmente a classe política também passou pelas mãos dos mestres, mas tenho dúvidas se aprenderam alguma coisa. A única coisa que constato como veracidade dessa casta dominante é a simbiose pela massa putrefata e perniciosa da ganância e do poder em prol da degradação de um país maravilhoso chamado Brasil e de um povo acolhedor e pacífico conhecido como brasileiro.

Deus salve os mestres honrados e dignos no seu ministério, hoje e sempre.

Rio, 15/10/2014
Feitosa dos Santos