A VERDADE DO BRASIL

Lembranças de um recente passado brasileiro, quando Delúbio, Dirceu, Valério e outros eram os protagonistas do momento.

A VERDADE DO BRASIL

A verdade do Brasil, é que: a Amazônia é a nossa riqueza, o futebol a nossa paixão, o carnaval a nossa alegria. Excetuando-se, isto, não sei mais o que é verdade. Com este festival de verdades mal contadas e de mentiras bem feitas que temos visto no planalto, é muito difícil saber onde está o verossímil da questão.

Não é das tarefas mais fáceis, achar uma única verdade em meio a um mar tempestuoso de mentiras escabrosas. O país está perplexo, talvez como nunca se tenha visto antes; todos estes acontecimentos que têm sido enfatizados pela imprensa, serviram para muitos brasileiros, como uma mistura muito bem preparada de: guaranás em pó, energéticos e estimulantes sexuais; para deixá-los atentos, alertas, acordados e verem que não se transforma um país com discursos utópicos, que o salvador da pátria é uma ficção e não uma realidade como a nossa, que vivemos em um sistema capitalista onde o único objetivo é a maximização do lucro. Para estes compatriotas, tudo isso já valeu muita a pena, independente do desfecho desta mancomunação sórdida.

Dizem que o brasileiro tem a memória curta. Isto pode até ser verdade, mas a cada pancada na cabeça a memória vai se enlarguecendo, até chegar a um ponto em que ou vamos morrer de tanta pancada ou nossa memória vai estar tão apurada, que vamos nos lembrar até mesmo do nosso primeiro agressor.

Mas afinal, quem será o responsável por está devastação do dinheiro público? Será o empresário milionário, com a sua forma sagaz de obter recursos? Será o ex-secretário geral, que geralmente costuma ganhar presentes caríssimos? Será o ex-tesoureiro, que só quer jatinho cinco estrelas? Será o ex-presidente, que mais parece um vidente, previu de onde viria o financiamento das campanhas? Ou será que todos estes personagens não passam de bonecos nesse verdadeiro teatro de marionetes? Mas, se forem, quem será que os comanda? Quem será que os articula? Quem será...

- “Não sei, eu repilo, isto é uma inverdade!”.