Respondendo a um bom dia forçado.

Nossa sociedade é competitiva — compete-se em tudo: dinheiro, poder, popularidade, etc. Até mesmo em um simples “bom dia” ou "boa tarde", vemos a tentativa de um tentar se fazer superior ao outro.

Quando encontro ou passo por algum vizinho, colega ou estranho e “me esqueço” de saudá-lo com um “bom dia”, é comum o mesmo me “retribuir” em um tom de voz meio autoritário:

- BOM DIA MEU AMIGO!

Eu sei que isto não é um cumprimento, é, na verdade: UMA COBRANÇA!!!

E agora como devo agir? Se responder a este bom dia, estarei me submetendo a esta pessoa! — que me cobrou o cumprimento e insinuou que não tenho educação!

Percebendo que este golpe é bem comum no jogo social, resolvi consultar em um site de perguntas qual seria a melhor resposta a ser dada em uma situação como esta, e eis que recebi uma muito boa — a qual vale a pena compartilhar:

(...) O bom dia dado a mim nesse tom que você descreve, eu respondo: "Dia Bom", dando a entender que respondi contra a vontade; agora, aquele bom dia, de caixa de supermercado, eu não respondo, pois é um bom dia automatizado(...).

Certa vez, ao visitar um amigo que morava em um condomínio — daqueles com vários prédios iguais e da mesma cor — enrolei-me na localização e entrei no bloco errado! Ao perceber o erro (a porta era bem diferente!), desci apressado do prédio, e ao passar pela saída do bloco, onde havia um jardim, eis que um vizinho, sentado num banco com sua senhora, tenta me saudar com o trivial cumprimento:

— “BOM DIAAA!” (dado pelas costas).

Ah! Era o momento de usar aquela resposta pronta! Aquela que já aguardava a primeira oportunidade de ser usada! Disparei então:

— DIA BOMMMM!!! — ecoando pelo condomínio todo.

Ouvi um xingamento — pela distância não dava para identificar bem o que era! Achei muita graça naquilo, pois quem xinga já perdeu o jogo! Sentia-me vitorioso por ter dado aquela resposta pronta e espirituosa que o internauta me sugeriu!

E quanto à caixa de supermercado?

Continuo respondendo o seu bom dia automatizado como sempre farei. Afinal, ela não tem culpa! Coitada...
Eduardo Baptista
Enviado por Eduardo Baptista em 28/10/2014
Reeditado em 30/10/2014
Código do texto: T5014640
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