Ser ou não ser Brasileiro

Na política, a questão, a meu ver, não é quem consegue vencer a partir da melhor propaganda. O critério por mais simples e obvio, parece-me, para o povo brasileiro, torna-se complexo e de difícil alcance. Ter autonomia para exercer a cidadania e a liberdade de expressão, é, neste momento, imprescindível para que as gerações futuras (pois são eles a salvação) consigam limpar toda a sujeira que a nossa geração causou. Inacreditável que um País do tamanho do nosso só consiga ter as opções que conseguimos ter. Isso se deve ao olhar uni lateral e egocêntrico, medíocre e demagogo dos políticos (todos) e nosso, que os elegemos. Até hoje governaram nosso país com a nossa autorização. Fomos medíocres nas escolhas, analfabetos políticos e tão corruptos quanto os que estão ai. A maioria tem como único interesse o seu bem e quando muito o de seus consanguíneos. Não vislumbro o preceito de coletividade, de interesse por uma vida melhor para todos, não consigo perceber no olhar dessas pessoas, públicas ou anônimas, vontade de mudar as coisas PARA TODOS. Somos analfabetos políticos, sim, mulheres que votam num rostinho bonito e nem se quer são capazes de estudar posições sócio-econômicas, culturais, ambientais, políticas de saúde e ou educação, votam por que assistem às propagandas e observam que lindo estava seu candidato, que marca de camisa ou terno estava usando e assim, satisfazem suas frustrações sexuais. Ha de chegar um momento de termos uma visão verdadeiramente universal. Não é possível que continuemos pensando no nosso próprio umbigo enquanto tropeçamos em seres humanos nas calçadas (antes nas grandes cidades, hoje em qualquer cidade), não é possível que não enxerguemos a situação das escolas e dos salários dos professores, que são o início de tudo! Não é possível que não consigamos ver no que nossa sociedade se transforma a cada dia! Acredito num mundo melhor, mas não acredito que ele possa ser possível se os interesses de poucos continuarem sendo atendidos à custa do sofrimento de tantos. Seja Dilma ou Aécio, não podem ter todo o poder que inadvertidamente instituímos a eles. São nossos servidores, somos nós os patrões! Me causa repulsa todo esse jogo podre que envolve as eleições. Todo o dinheiro usado pelas agencias e marqueteiros para nos levar a isso: Discussões frívolas e equivocadas nas mídias sociais, analisadas por pessoas que são incapazes de ler um texto qualquer, uma matéria para depois curtir. Haja vista que quanto mais débil é um post, maior o número de curtidas. Uma sociedade alienada e corrupta que sai às ruas para protestar sem saber o porquê e o que defende. Uma sociedade que espera de um personagem criado, pois é isso que são os candidatos, atores de um circo de horrores que cada vez mais nos torna os palhaços principais. Após toda essa movimentação nas mídias, nós as cobaias, teremos sido medidos, analisados e usados para pesquisas de cientistas políticos e marqueteiros a medirem nossas vidas, sonhos e necessidades em números e então seremos apenas estatísticas para a próxima eleição. Modelos de marionetes manipuladas daqui quatro anos e assim por diante. Enquanto isso,qual o legado que vamos deixar aos seres humanos que estão nascendo e ainda vão nascer? O crack? A corrupção? A violência? A falta de médicos? A falta de educação? A poluição? O desmatamento? A injustiça social? Existem pessoas, ainda acredito nisso, com propostas altruístas e que precisam ser ouvidas. Precisamos separar o joio do trigo.Dar espaço à Luz em nossas vidas. Seja qual for o candidato eleito, precisamos mudar o olhar e fazê-los perceber que somos nós no controle. Acordemos, enquanto há tempo. Sou brasileira, amo este país e estou disposta a fazer a minha parte. Quem mais se habilita?