Sou um rascunho, só um rascunho

Sou um rascunho, e de tão bagunçado você achou que não ia virar nada, de páginas e páginas que se jogam fora todos os dias, eu acabei por me tornar o original. Talvez pela pressa para entregar, sabe? projeto atrasado, muita pressão, e mesmo depois de tanto ouvir que era um erro, acabou por ser entregue assim mesmo.

Ou talvez também era pra mostrar que a perfeição é chata, sou aqueles rabiscos que se faz no fim do caderno perfeito, a imperfeição dele, a única parte que você não mostra ao professor, sou o rabisco vendido por milhões e que as vezes são amassados e jogados na lata de lixo, a imperfeição do imperfeito, a música que não acabou, a história que existe, sou o que começou assim do nada, veio andando pelos cantos e no fim se tornou grande, sou a explosão, as vezes a implosão, hora certo, hora não, por hora é só, sou um texto pela metade, aquele que você não quer que acabe, e fim.

Paulo Victor Ribeiro
Enviado por Paulo Victor Ribeiro em 03/11/2014
Código do texto: T5021810
Classificação de conteúdo: seguro