Destino: não sei
Para onde eu vou?
Estou andando há horas neste lugar. Não encontro nada!
Vejo semáforos, pessoas! Pessoas correndo, contra o tempo, contra algo!
Estão fugindo? Estão correndo porquê?
O mundo está mais cinza, mais frio!
O mundo está mais rígido mais insensível. A tragédia não choca mais ninguém. A desgraça não preocupa mais ninguém. O mundo está maluco?
Sigo caminhando, pelas vielas escuras, à escoria da sociedade está lá. São pessoas invisíveis em que a sociedade as esqueceu e faz questão de não se lembrar.
Aliás a escoria só é lembrada quando está jogada atrapalhando o fluxo da sociedade perfeita.
Por isso eu pergunto; para onde eu vou?
Estou correndo para sair deste lugar. Não dá para ficar mais aqui!
O mundo está condenando os justos e aclamando os injustos.
Sigo caminhando pelo parque do mundo de concreto e lá está escuro.
A noite castiga com sua escuridão fria e cortante. O vento colabora com seu sopro cortante é como se as almas sofridas estivessem dividindo o sofrimento.
Mas não entendo a mensagem o que essas almas sofridas querem de mim. Sou apenas mais um entre 6 bilhões de terrestres. Talvez eu não seja um terrestre.
Possivelmente sou um espectro. É por isso que não sei onde está o meu destino.