Destino: não sei

Para onde eu vou?

Estou andando há horas neste lugar. Não encontro nada!

Vejo semáforos, pessoas! Pessoas correndo, contra o tempo, contra algo!

Estão fugindo? Estão correndo porquê?

O mundo está mais cinza, mais frio!

O mundo está mais rígido mais insensível. A tragédia não choca mais ninguém. A desgraça não preocupa mais ninguém. O mundo está maluco?

Sigo caminhando, pelas vielas escuras, à escoria da sociedade está lá. São pessoas invisíveis em que a sociedade as esqueceu e faz questão de não se lembrar.

Aliás a escoria só é lembrada quando está jogada atrapalhando o fluxo da sociedade perfeita.

Por isso eu pergunto; para onde eu vou?

Estou correndo para sair deste lugar. Não dá para ficar mais aqui!

O mundo está condenando os justos e aclamando os injustos.

Sigo caminhando pelo parque do mundo de concreto e lá está escuro.

A noite castiga com sua escuridão fria e cortante. O vento colabora com seu sopro cortante é como se as almas sofridas estivessem dividindo o sofrimento.

Mas não entendo a mensagem o que essas almas sofridas querem de mim. Sou apenas mais um entre 6 bilhões de terrestres. Talvez eu não seja um terrestre.

Possivelmente sou um espectro. É por isso que não sei onde está o meu destino.

Cido Coelho
Enviado por Cido Coelho em 26/05/2007
Reeditado em 27/05/2007
Código do texto: T502612
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