O Anta? Vírus!

Quando Graciliano Ramos colocou seu livro “Vidas Secas” debaixo do braço e foi ao encontro de Raquel de Queirós que também colocou seu livro “O quinze” debaixo do braço e foram ao Recife dar uma força para o escritor Josué de Matos devido seu livro “O mangue” onde ele abordava um tema polêmico sobre os moradores das palafitas que se alimentavam de caranguejos que se alimentavam de suas fezes. Somente por esse detalhe seu trabalho foi boicotado pela imprensa, decidiram ir a Teresina ao encontro do Mestre Expedito para comprarem esculturas em madeiras. Na volta decidiram passar em Canudos para se encontrarem com Antônio Conselheiro um exímio contador de histórias. Ao chegarem Conselheiro contou-lhes uma estória muito engraçada: “Certa vez um ceguinho muito forte, um exímio remador que estava a fim de adentrar ao mar para um passeio reflexivo, ele convidou um homem de um só olho bom para comandar o passeio, já em alto mar o ceguinho remando a todo vapor se atrapalha com os remos e acerta em cheio o olho bom do caolho. O caolho ficou cego, cheio de dor dá um grito. Pronto! O ceguinho desembarca”. Quando se perdiam em gargalhadas ouve-se um tiro de canhão. Conselheiro exclama: “deve ser os milicas chegando”. Tentaram dar no pé, mas um pouco tarde.