MEMORIAS DE UM EX METALURGICO Capitulo 2

Quando cheguei la no meu departamento,a área de embalagem onde iria trabalhar,conheci muitos ex companheiros de papai que me deram as boas vindas e logo começaram a me ensinar a desempenhar aquele trabalho,trabalho este que exigia atenção e muito esforço para acompanhar o ritimo do meu parceiro o Vanderley que já trabalhava ali há um bom tempo.

Vanderley era um jovem com mais ou menos a minha idade mais não era muito bem visto pela chefia e logo foi demitido e um outro jovem ,o Chiquinho que era irmão de um inspetor de qualidade o Wilson que tinha o apelido de faquir veio para fazer dupla comigo.

O Chiquinho era um cara muito nervoso e vivia chingando e quando ele começava a chingar era quase como uma ladainha e era mais ou menos assim:

Peste,demônio,diabo,disgraçado e ia por ai,ainda mais quando o seu capacete caia no chão quando se abaixava para passar as fitas metálicas que amarravam os fardos . O capacete dele caia a toda hora e um dia ele deu um chute que mandou o equipamento de proteção la no alto e o mesmo veio cair sobre a sua cabeça ,agora descoberta .Ele então deu um grito:

-Vem peste / e uma torrente de palavrões e pragas saia de sua boca enquanto eu caia na gargalhada.Mas comigo ele nunca se zangou e eramos bastante camaradas.

Como eu já disse anteriormente,muitos ex companheiros e conhecidos de papai estavam la e la estavam o Aurelio,o Barbacena,o Joao Palito e o Luzia que era o meu novo parceiro devido ao rodizio dos turnos,o zero hora,o quatro a meia noite e o oito as quatro.

A maioria daqueles homens tinham mais de vinte anos ali e o Luzia operava a maquina Signode que esticava, selava e cortava a fita metálica ate dormindo como eu o vira fazer muitas vezes.

Um dia,ensinando o serviço a um novato, o Grandao, o selo da maquina agarrou e eu fui ajuda lo e mostrar como se tirava.

Acontece que a maquina estava vazando óleo e escorregadia aconteceu que o grandão a virou para ver como eu fazia e a minha mao escorregou ficando o meu dedo esmagado e preso na maquina.

O pobre do rapaz não teve culpa,foi quem sabe imprudência minha de colocar o dedo onde não devia.

Com isso fiquei seis meses no seguro.

Em frente a embalagem ficava o deposito de papelão onde trabalhavam o Aurelio e o Jair onde se fabricava as caixas de papelão que se utilizava na embalagem dos fardos.

Naquele local,devido a grande quantidade de papelao, era ali que descansavamos, de madrugada,depois de completar a produção estabelecida.

Cada um fazia ali a sua cama e dormíamos ate ser chamado pelo encarregado as seis horas da manha para completar a produção diária.Se voçe pudesse entrar ali ia se deparar com muitas caixas onde a gente dormia.como autenticos vampiros .

Sempre que podia eu observava o balanceiro anotador a fim de aprender aquele serviço,pois ele me dizia que ia pedir demissão e trabalhar por conta própria na sua oficina de marcenaria.

Aos pouco eu ia me inteirando do serviço que constituía se de identificar,pesar e etiquetar o material a ser embalado.

Meus companheiros de embalagem falavam que eu tava dando bobeira e o Mauro estava se aproveitando de mim,mais eu não ligava e continuava me esforçando ate que um dia o Mauro não foi trabalhar mais e a seção ficou parada ate que a chefia chegou.

Abro aqui um parêntesis pra dizer a voçe que pensa que seus superiores no trabalho não te observam e reconhecem o seu valor.

O Engenheiro Virginio,o superintendente,o chefão perguntou ao encarregado o porque da embalagem estar parada e o Jonas que era naquele dia o encarregado disse a ele que o anotador tinha faltado.

O engenheiro Virginio indignado disse a ele que la do escritório que ficava em uma sala la na frente ele via algumas vezes um garoto novato,que vocês já sabem quem era fazer aquele serviço.

imediatamente ele mandou que o Jonas me levasse a sua sala.

CONTINUA

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 17/11/2014
Código do texto: T5038559
Classificação de conteúdo: seguro