Há situações que a própria vida dá risos de escárnio. E lá na sala de emergência, um pai do lado e fora, pois apesar de ter dois metros de altura e cem quilos de músculos,
 não suporta ver sangue, espera ansioso por deslace.

     A recém mãe está em trabalho de parto. É difícil ver que quando uma mulher engravida, ela tem duas situações, primeira: - a de ter o corpo deformado, exceto os ricos e famosos e segundo a de quase assinar a certidão de óbito. Na verdade as duas situações são inseparáveis.
            É imperdoável o que uma gravidez faz com uma mulher. Não há imunidade. Porém, o mais arriscado é que para conceder a vida, a mulher tem que quase morrer!
 Como disse Platão, filósofo grego discípulo de Sócrates:- O universo é a harmonia dos contrários. E como na vida, nada se ganha sem se perder outro algo, a mulher gera a vida, no entanto chega um momento que ela mesma está impossibilitada até mesmo, de pensar em ser mãe!
             Entretanto ser mãe é só para as mulheres, os homens desfrutam de quase uma infinidade chance de ser pai. A responsabilidade do homem é menor e a dor nula.
             O rapaz espera ainda muito ansioso. São duas horas da madrugada, logo no corredor houve-se um grito... E logo depois uma sentença, dirigida a nova mãe: - A próxima gravidez é o seu óbito! A criança nasce super saudável! Anônima da dor quase mortífera da mãe, porém com uma sede insaciável pelo seu velho mundo, agora terá que viver neste, e custe muito a ela, aprenderá a viver nele.