Encontros & Reencontros

Tenho refletido sobre os encontros que a vida proporciona, os encontros que tenho me permitido viver... O quanto eles mexem com a minha vida, com o meu ser. Ajeitam o que precisa ajeitar, desajeitam o que precisa desajeitar, desarrumam o que estava na zona de conforto, despertam, impulsionam, tranquilizam, suscitam novas emoções... Fazem uma deliciosa bagunça!

Fico pensando se o mesmo acontece com eles, ou seja, se eu também mexo com a vida das pessoas que encontro por esse caminho chamado vida.

Há quem goste de “chegar chegando”. Gosto de ”chegar de mansinho”, respeitando o espaço do outro, sendo fiel ao meu jeito de ser. É da minha natureza ser assim. Sinto-me em paz sendo assim. Sinto-me respeitada quando agem assim comigo. Dando ao tempo, o tempo e espaço que ele precisa. Mas esse tempo não pode ser medido em dias ou minutos ou ciclos lunares. É um tempo que não se mede, não se conta, não se calcula. Compliquei?

Vamos aos fatos: Quem já confiou num desconhecido e hoje tem uma relação tão próxima como se fossem ‘amigos de maternidade’, assegurando de que o tempo não é um delimitador de confiança? Quem já confiou num eterno confiável e teve aquela decepção que o arrebentou por dentro, experimentando o sabor amargo de saber que encontros de longo tempo não, necessariamente, indicam confiança? Tem aqueles encontros que duram horas e você nem sente o tempo passar; há outros, no entanto, que você deseja que o tempo voe. Encontros independem do tempo, espaço, duração. É bobagem acreditar que essas variáveis podem embasar a veracidade de um encontro.

Numa conversa entre amigas falávamos sobre aprendizado e conhecimento. Compartilhamos da mesma crença: estamos aqui relembrando tudo que o já sabemos, resgatando encontros, vivências e evoluindo. Complementa outra conversa minha, onde discutíamos sobre reconhecimento. Concluo que os encontros são reencontros! Mesmo aqueles que não nos proporcionam mais prazer ou alegria, pois em algum momento nos ensinaram algo, nos permitiram evoluir. Sejamos gratos. E como são fascinantes os encontros que comungam dos mesmos valores, dos mesmos dogmas e “viagens”. São luzes que, quando se reencontram, formam um lindo arco-íris, cada qual com sua luz, cor e energia.

Onde estavam esses reencontros que não aconteceram antes? Onde estava eu? Onde estavam eles? É simples: estavam em outros reencontros aguardando o momento certo de me reencontrar. E quando chega a hora: é lindo! Esses reencontros priorizam o ser ao invés do ter.

Reencontros assim permitem: enxergar colorido, quando estávamos acostumados a ver o preto e o branco; ver em câmera lenta mesmo quando a vida está veloz; alçar voos antes inimagináveis, transmitindo uma segurança antes só conhecida em terra firme; falar sobre loucuras com sanidade; direcionar para um caminho tão óbvio que não conseguíamos ver. Permitem ser a gente mesmo e permitir que o outro também seja ele mesmo. Inundam nossa vida de paz.

Reencontros são luz. Reencontros são harmonia. Sintonia e sincronia. Reencontros são puro amor. Desejo a todos muitos reencontros. Reencontrar e ser reencontrado. Permita-se! Viva!

MF, 14.11.14

Magda Freitas
Enviado por Magda Freitas em 25/11/2014
Código do texto: T5048401
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.