Vicente Celestino.
Antonio Vicente Filipe Celestino. Em 1951, 52 e 53, através dos serviços de alto-falantes, estava eu sempre pedindo para ouvir canções de Vicente Celestino; Matei, O Ébrio, Coração Materno, Porta Aberta e tantos outros Sucessos do talentoso cantor.
Já em 1954 enfrentei em Petrópolis RJ uma enorme fila para assistir o filme O Ébrio.
Aqui em BH comprei um livro biografo sobre o cantor de Guido Guerra; “ Vicente Celestino, O Hóspede da Tempestade.” Editado pela Record. Onde recorri citações pontuais.
Vicente Celestino, “ A voz orgulho do Brasil.” Suas composições e interpretações recheadas de tragédias, de muita densidade lírica e um enorme filão romântico. Uma tendência piega o perseguia , porém o seu talento era inigualável.
A temática de sua obra teatral, musical e cinematográfica concentra-se no adultério, alcoolismo e misticismo. Focaliza a miséria social. Enfatiza a degradação moral de uma sociedade egoísta e hipócrita.
Com sua esposa Gilda de Abreu cantou e encantou quatro décadas,30,40,50 e 60. As músicas Ouvindo-te, O Ébrio, Coração Materno, Ontem ao Luar, Porta Aberta, Patativa e Gondoleiros do Amor, foram as que mais caíram no gosto popular por este imenso Brasil.
Com os movimentos musicais a partir dos anos 60, vai aos poucos caindo no esquecimento. Primeiro a Bossa Nova de João Gilberto. Veio em seguida a Jovem Guarda de Erasmo e Roberto Carlos. O tropicalismo com Caitano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethania e Gal Costa. Sem falar no fenomenal Chico Buarque de Holanda.
Vicente Celestino levou para o túmulo uma grande mágoa de Flávio Cavalcante e Mister Eco, críticos musicais da época.. Em 11/08/68 ganhou o Disco de Ouro.
Dizia orgulhoso; "já fiz uma criança sorrir e um velho chorar, enfim, conheci a ternura de um povo."
Nasceu em 12/07/de 1894- Morreu em 23/08/68. Sepultado no cemitério São João Batista RJ.
Lair Estanislau Alves.