LISTA DE TODAS AS MULHERES QUE JÁ ME DERAM “BOLO”...

Marcar encontros amorosos, para mim, é uma tarefa relativamente fácil, ainda mais se for pagando. Até porque sou um cara superdesenrolado (modéstia à parte), superdesinibido e, desde sempre, eu só procuro as mais feias. Mesmo assim, algumas ainda me fazem de trouxa, não aparecendo na hora “H”. Agora mesmo, neste exato momento, estou recuperando-me do último “bolo” que tomei. Certamente esse não será o último.

Já que o “vazio” é uma certeza constante na minha vida, acredito que seria mais vantajoso (e até estratégico) para mim, agora, investir só nas bonitas. Tecnicamente falando, o “não” de uma garota bonita, conforme for pronunciado, tem um valor ainda mais positivo do que o “sim” de uma feia. Receber um “não” de uma mulher feia, convenhamos, dói até na alma.

Nesse sentido, eu tenho uma visão muito “positiva” sobre o assunto: ou seja, o certo para mim é quando dá tudo errado. E acontece sempre da mesma forma, seja com vagabunda ou com “menina de família”. Logo eu que gosto das minhas coisas tão organizadas, tão pontuais...

Se todas elas soubessem o quanto eu sou um cara gentil, romântico, um verdadeiro amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores... pensariam duas vezes em maltratar-me assim. Para se ter uma ideia, guardo até hoje o único bilhete que recebi de uma garota, anônimo, em 1988, quando eu ainda estudava o antigo Ginásio. Nunca soube quem o enviou.

Acredito que até hoje, segundo os meus cálculos, cerca de umas cinquenta “infelizes” (só as registradas) já me fizeram de bobo, em sua grande maioria me enganando e me prometendo algo que, antecipadamente, já sabiam que não poderiam cumprir. Depois ainda dizem que homem é que não presta...

Devo reconhecer também que, por vezes, já pisei no tomate e deixei escapar alguma indelicadeza. Como da vez em que convidei uma garota para sair, lá no Rio, e sugeri que ela não levasse conosco a sua “mala” (um filho de cinco anos), isso através de uma ligação telefônica. Sem qualquer demora, ela bateu o telefone na minha cara. Certas “sutilezas” eu acabo falando e só me dou conta depois. No entanto, estou sempre pronto para desculpar-me de forma sincera e honesta.

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO DE MEMÓRIAS (projeto), 2009