A QUENTINHA

Em Vitória, numa oficina mecânica, o dono avisou:

-Galera, o almoço chegou. É hora de pararmos para encher o bucho.

Um dos mecânicos reclamou:

-Seu Sérgio, tem um cabelo bem em cima da minha carne.

-E você comeu, bicho?

-Comi só um pouquinho, porque fiquei com nojo. Puxa vida! Logo a carne ensopada que eu gosto tanto!

-Vai no restaurante e mostra ao gerente. Com certeza, ele te dará outro marmitex.

O rapaz foi.

-Isso aí não é cabelo.

-É, sim, senhor. Olha bem. É de mulher.

-Não. É apenas um fiapo de Bombril.

-E como é que eu fico?

-Fica tranquilo, meu jovem, que eu vou jogar no lixo.

Na volta.

-Cadê a sua quentinha?

-O cara jogou fora, seu Sérgio.

-E não te deu outra?!

-Hum, hum.

-Pois, então, de amanhã em diante, pegaremos a nossa comida em outro lugar.